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Smartphone do Facebook movimenta o mercado

Desenvolvido em parceria com a HTC, aparelho pode colocar a rede social na lista dos grandes anunciantes e ameaçar o domínio do Google em publicidade para dispositivos móveis


3 de abril de 2013 - 2h49

Depois de anos de rumores, o Facebook finalmente lançará um telefone. Mas o produto não se venderá sozinho. Fabricado pela HTC, com uma versão customizada do sistema operacional Android especialmente desenvolvida para integrar os serviços do Facebook, o smartphone marca a entrada da empresa líder em redes sociais no ecossistema do hardware – e, potencialmente, na lista dos grandes anunciantes do setor de consumo.

Os aportes da companhia em publicidade têm sido minúsculos em seus nove anos de história (investiu US$ 28 milhões em 2011), mas ter um produto físico para vender no mercado pode mudar este cenário.

O novo aparelho também esclarece a contratação de Rebecca Van Dyck como executiva-chefe de marketing e consumo. Antes de ser CMO da Levi’s, Rebecca teve um cargo sênior na área de marketing e comunicações da Apple, onde trabalhou nos lançamentos do iPhone, iPad, iPod e iTunes.

O Facebook e a HTC se recusaram a comentar as informações sobre o lançamento e suas estratégias de divulgação. O fato de o Facebook se unir a um azarão do mercado indica um considerável compromisso com investimentos em marketing. A HTC ficou com apenas 6% de participação entre os telefones celulares vendidos nos Estados Unidos no último trimestre de 2012, uma queda considerável em relação aos 14% que detinha um ano antes, de acordo com a eMarketer.

Dependendo do grau de customização que o Facebook aplicar no Android OS, do Google, o novo telefone teria grande impacto entre as plataformas para anúncios em mobile. Alguns consultores não esperam que o Facebook corte o acesso direto para os serviços do Google, como o Google Play, a ferramenta de busca e o YouTube – como fez a Amazon com o tablet Kindle Fire, que também tem o Android como sistema operacional. Em vez disso, é provável que a personalização do Facebook seja mais como uma nova roupagem elaborada sobre o Android.

Mas o Facebook também pode estar arquitetando a substituição do Google como o portal pelo qual os donos de aparelhos HTC acessam a internet. Informações do mercado dão conta de que o Android personalizado pela rede social virá embarcado no aparelho da HTC, que exibiria como tela inicial o perfil na rede social do dono do telefone, assim que este for ligado.

Neste cenário, se a HTC ganhar mercado e seus consumidores começarem a optar pelo Facebook como fonte de busca para aplicativos e informações comerciais, o domínio do Google no mercado pode ser afetado seriamente a longo prazo.

“Impactar profundamente o comportamento do consumidor tem implicações diretas em termos de alcance e receita”, diz Clark Fredricksen, VP de comunicação da eMarketer.

De acordo com estimativas, o Google espera faturar US$ 3,98 bilhões com anúncios para dispositivos móveis em 2013, o correspondente a 55,4% de todo o bolo, segundo a eMarketeer. O Facebook projeta receitas de US$ 339 milhões e uma participação de 11%.

Possivelmente os efeitos imediatos no faturamento do Google com publicidade para dispositivos móveis serão imperceptíveis, por conta da participação restrita de mercado da HTC nos Estados Unidos. Ainda assim, a integração do Facebook ao Android demonstra o risco que o Google assume ao manter uma plataforma aberta. Se por um lado os desenvolvedores apreciam a boa vontade do Google em deixá-los fazer experiências com o Android – atitude oposta a da Apple em relação ao iOS –, o Google está arriscado a ver o seu sistema operacional ser cooptado por um concorrente.

Do Advertising Age

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