Como o curso de Anitta na Estácio foi parar no Conar?
Post com reportagem sobre o curso de empreendedorismo com a cantora oferecido pela universidade foi avaliado pelo Conselho de Ética, que não viu irregularidades no caso
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Bárbara Sacchitiello
15 de julho de 2022 - 17h20
Em maio deste ano, a Universidade Estácio anunciou uma presença ilustre em seu grupo docente. A cantora e empresária Anitta iria, por meio de um curso, compartilhar sua experiência como empreendedora e gestora de sua carreira, com insights sobre negócios e estratégias.
Com 30 horas de duração e ministrado 100% de forma online, o curso contaria cases reais vivenciados por Anitta e comentários, por parte da artista, a respeito da condução de estratégias de negócios e de sua jornada como uma das personalidades de maior visibilidade e reconhecimento no Brasil e em outros mercados.
A versão “professora” de Anitta acabou sendo alvo de uma denúncia no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que julgou o processo nessa quinta-feira, 14, sem qualquer recomendação ou punição a qualquer um dos envolvidos no caso.
O curioso do processo é que a queixa do consumidor foi voltada a uma postagem de um veículo jornalístico que noticiou a criação do curso. Ao publicar uma reportagem sobre a nova empreitada de Anitta no ensino superior, em maio, a Exame fez uma postagem em seu perfil no Instagram com o título “Cantora e Professora? Anitta dá aulas de empreendedorismo na Estácio”. O texto da publicação informava a notícia do novo curso e do envolvimento da cantora no programa de ensino.
Um consumidor, ao ver a postagem da Exame no Instagram, fez uma denúncia ao Conar alegando que se tratava de publicidade não identificada. O Conar tem, como premissa de atuação, acolher as denúncias feitas por consumidores e, posteriormente, debater sua procedência no Conselho de Ética.
Após a abertura do processo, a Exame e a Universidade Estácio apresentaram a defesa de que aquela publicação apenas noticiava o assunto – ou seja, se tratava de uma postagem jornalística, sem qualquer tipo de publicidade.
O conselho de ética do Conar, por unanimidade, acatou o argumento e arquivou o processo. Nesses casos, nenhuma das partes envolvidas precisa fazer qualquer tipo de alteração em publicações ou campanhas.
Assim que lançou o curso, a Estácio fez uma campanha publicitária nas redes sociais, criada pela agência Artplan, que convidava o público a acompanhar a live de lançamento do curso, que aconteceu no dia 23 de maio. As ações foram feitas nas redes sociais da cantora e também da influenciadora Bianca Andrade, além dos perfis da própria universidade. Essa campanha, no entanto, não recebeu nenhum tipo de queixa no Conar.
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