Criativo processa conta do Instagram por difamação
Ralph Watson foi demitido da CP+B Boulder após acusações de assédio sexual publicadas no perfil anônimo Diet Madison Avenue
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Com informações do Advertising Age
Em 26 de maio, a conta Diet Madison Avenue (@dietmadisonave) publicava seu primeiro post no Instagram com uma citação da ativista Maggie Kuhn: “Deixe a segurança para trás. Coloque seu corpo na linha. Defenda as pessoas que você teme e fale o que pensa – mesmo que sua voz trema. Quando você menos esperar, alguém poderá realmente ouvir o que você tem a dizer. Estilingues bem posicionados podem derrubar gigantes”. Desde então, o perfil anônimo – alimentado por um grupo de pessoas – vem se dedicando a divulgar casos de assédio sexual e discriminação cometidos por nomes do alto panteão da indústria publicitária.
O coletivo conseguiu fazer barulho e, de fato, derrubou gigantes: um dos acusados foi Ralph Watson, então chief creative officer da CP+B Boulder. Dias depois, ele foi demitido da agência. O criativo então entrou com um pedido judicial contra o Diet Madison Avenue exigindo US$ 10 milhões em indenização por difamação – ele foi apontado como abusador de várias mulheres. Em uma ação separada, Watson está processando a CP+B e a holding da agência, a MDC Partners.
Nesta semana, a corte de Los Angeles, aprovou o prosseguimento da ação por difamação contra o DMA, o que significa que uma equipe legal irá intimar o Instagram, o Facebook e o Gmail a fornecer informações dos usuários por trás das acusações anômimas. A ação alega que a conta do DMA é abastecida por 17 pessoas com assistência de pelo menos outras 42. E também cita a política de privacidade do Instagram, que diz que a plataforma pode acessar, preservar e compartilhar a informação do usuário em resposta a um pedido legal ou quando a rede social acredita que seja necessário detectar, prevenir e resolver casos de fraude e outras atividades ilegais.
O site da Corte Superior californiana confirma que uma ordem de intimação foi encaminhada ao Facebook/Instagram e ao Gmail na segunda-feira, 6, para verificar os usuários anônimos do DMA. O requerimento exige todo e qualquer registro sobre os usuários que alimentam a página do DMA, como nome e sobrenome, endereço, IP, dentre outros dados.
Ainda em maio, o Diet Madison Avenue lançou uma página no GoFundMe para arrecadar US$ 100 mil para custear as despesas com o processo. Até terça-feira, 7, o coletivo conseguiu US$ 1.970. Nesta semana, no entanto, após a autorização das intimações concedida pela corte californiana, o coletivo fechou a página de financiamento pois decidiu ser representado pelo Time’s Up, organização dedicada a combater injustiças no ambiente de trabalho que é administrada pelo National Women’s Law Center Fund.
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