Receitas do grupo Publicis crescem 3,3% no Brasil

Felipe Turlao
18 de julho de 2013 - 10h52

 Terceiro maior grupo da publicidade mundial, atrás de WPP e Omnicom, o Publicis teve receitas de US$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2013, que representa um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2012. A margem operacional ficou em US$ 604 milhões, ou 13,8% das receitas, um crescimento de quase 12%.

Estrela em balanços anteriores do grupo, o Brasil cresceu 3,3%, bem abaixo do que costuma fazer. “Os países emergentes estão reduzindo seu crescimento”, afirma o CEO Maurice Lévy, em comunicado.

A situação na Europa é pior, já que a região, nas palavras do executivo, está com dificuldades para voltar aos trilhos. Com queda de 3,6% nas receitas na região, o Publicis viu resultados abaixo dos esperados na França, -4,7, Reino Unido, -3,2%, Espanha, -8,4% e Itália, com impressionantes -14,2%. A exceção foi a Alemanha, com crescimento de 3,5%, pouco superior inclusive ao do Brasil. O resultado na Europa é contrário ao dos Estados Unidos que, na análise do Publicis, definitivamente consolida sua volta aos bons momentos, com crescimento de 6,1%.

O setor de serviços digitais já representa 37% dos negócios do grupo, consolidando-se como maior unidade em termos de receitas – acima, inclusive, da publicidade, que teve 29%. O braço digital já havia ultrapassado o de publicidade em 2012, mas a diferença era bem menor: 33% contra 30%. Em relação aos outros dois negócios, serviços especializados de marketing e compra de mídia, a participação total na receita ficou em 17% para cada. “Nossos investimentos no digital estão se provando promissores. Já que crescemos 13,4% nesse setor no segundo trimestre, acima da média do grupo”, afirma Lévy.

Ele destaca que, no segundo trimestre, o crescimento do grupo foi superior ao primeiro, ficando na casa de 5%. “Esses números precisam ser colocados em perspectiva de uma situação econômica desfavorável e a incertezas no ambiente de negócios”, afirmou.