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Opinião

Como o marketing data streaming pode reinventar os dados

O modelo que permite monitorar eventos em tempo real e estabelecer ações de acordo com o comportamento do usuário deve transformar a análise de audiência


26 de setembro de 2019 - 6h00

(Crédito: Lukas Blazek/ Unsplash)

De acordo com o relatório desenvolvido pelo World Economic Forum “Consumer industries: keeping up with ‘digital consumers”, são produzidos diariamente 2.5 quintilhões de bytes através das interações que os usuários deixam com navegações nos sites, acessos nos aplicativos de celulares, transações de compras, curtidas, criação de vídeos, etc., gerando um mar de dados que precisam ser processados e analisados para proporcionar informações úteis ao negócio.

Diante disso, o modelo de Event-Driven pode contribuir para trabalhar com os dados e explorar oportunidades no momento oportuno. Event-Driven é monitorar os eventos dos usuários em tempo real, e estabelecer ações (triggers) de acordo com determinado comportamento, assim como antever possíveis tendências. Algumas ideias de Event-Driven:

–  Na compra de passagens aéreas:  a empresa pode identificar se o usuário está comprando para trabalho ou lazer e, dependendo da finalidade, recomendar sugestões de restaurantes, eventos que ocorrerão no destino, informações da temperatura, dicas culturais, entre outras;

– Na compra de um tênis: a empresa pode perguntar se a finalidade do produto é para praticar algum esporte e sugerir dicas de treino, dieta, melhor forma de utilizar o produto, em quanto tempo é aconselhado a substituição dependendo da frequência de uso, sugestões para evitar lesões, etc.

-Na compra de produtos de consumo através de um super app: as empresas de consumo podem analisar a frequência de compra por este canal, quais produtos podem ser sugeridos no momento de venda, criar novos formatos de comunicação para achar a atenção dos usuários nestes canais, identificar o quando está sendo deixado de consumir nas lojas físicas por esses novos canais e tomar ações preventivas, etc.

Utilizar o modelo solicitar-responder (Request-Driven) em que só age quando é requisitado pode estar deixando de explorar várias oportunidades no momento adequado. Um exemplo de empresa que tem explorado o modelo de Event-Driven é a Nike, com a loja flagship de Nova York, que explora ao máximo os comportamentos e interesses dos consumidores através do NikeID, Nike Plus Membership e Nike App, como também antecipa tendências para ajustar a sua linha de produção. Todas as interações dos usuários são captadas e processadas, em tempo real, para estabelecer ações no momento adequado.

Outro exemplo é a varejista Target, que atualiza em tempo real o inventário das lojas para antecipar a reposição de produtos, informar fornecedores sobre o aumento ou a redução de demanda de determinado item, e não impactar na experiência do usuário durante a visita na loja.

Como o marketing data streaming pode implementar o modelo Event-Driven?

Conhecendo a base de clientes para estabelecer as ações  conforme as interações;

Monitorando, em tempo real, os comportamentos para ampliar o conhecimento, ajustando as ações e antecipando possíveis mudanças (seja de mercado, concorrência ou dos clientes);

Treinando o time com a visão do Event-Driven para que possam atuar com base no modelo;

Centralizando a base de dados, unificando a identidade dos clientes, captando e processando os dados para gerar insights em tempo real;

Permitindo o acesso aos dados através de conectores (ou API’s) para facilitar a consulta como também a troca de informações com parceiros quando necessário.

O modelo Event-Driven vai de encontro com uma das tendências, citadas no relatório, que é a captura do valor do fluxo de dados gerados pelos consumidores, possibilitando uma melhor entrega de experiência com base na inteligência de uso das informações em tempo real.

*Crédito da foto no topo: Shahadat Shemul/ Unsplash

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