Big techs intensificam esforços para Web3

Buscar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

Big techs intensificam esforços para Web3

Buscar
Publicidade

Notícias

Big techs intensificam esforços para Web3

Sprone, da Easy Crypto, e Tota, do Mercado Bitcoin. explicam os movimentos dos players digitais


15 de junho de 2022 - 11h32

Com a evolução tecnológica e o desenvolvimento da Web3, que traz consigo novas tecnologias como os tokens não fungíveis (NFTs) e a blockchain, as criptomoedas ganham espaço. E big techs como Meta, Twitter e Google estão de olho nessa evolução.

 

(Crédito: PST Vector/shutterstock)

Em 2019, o Facebook, atual Meta, anunciou que tinha o plano de lançar moeda virtual, a criptomoeda Libra. De lá para cá, o plano da companhia mudou. No início de abril, a Meta comunicou sua empreitada no segmento de criptoativos: as Zuck Bucks. A ideia da empresa é introduzir um sistema de ativos virtuais em seus aplicativos para recompensar criadores, empréstimos e outros serviços financeiros.

Em maio, a Meta entrou com cinco pedidos de registro de marca para mudar o nome do Facebook Pay para Meta Pay, que, segundo a companhia, é um “serviço de rede social online que permite transações financeiras e troca de moeda digital, moeda virtual, criptomoeda, ativos digitais e blockchain, ativos digitalizados, tokens digitais, tokens de criptografia e ativos descentralizados”.

O Google também tem se movimentado para garantir espaço nesse mercado. Em janeiro deste ano, a empresa contratou Arnold Goldberg para chefiar a divisão de pagamentos. O ex-vice-presidente sênior e arquiteto de produtos no PayPal chegou com o objetivo de fortalecer a estratégia da empresa na oferta de serviços financeiros, incluindo cartões de débito com criptomoedas. O Google anunciou a criação de divisão voltada ao desenvolvimento utilizando a tecnologia blockchain e em outras tecnologias de computação distribuída e armazenamento de dados de última geração.

Em abril deste ano, o Twitter e a plataforma de pagamentos Stripe começaram a testar novo recurso de pagamentos para influenciadores da rede social por meio de criptomoeda. Até o momento, apenas a stablecoin USDC é aceita e para um seleto grupo de criadores. Não há previsão de quando o recurso será lançado para todos os creators.

Para André Sprone, diretor da Easy Crypto Brasil, esse crescente interesse das big techs por tecnologias como blockchain, NFTs e criptomoedas é um movimento natural que mostra como essas tecnologias têm sido respeitadas. “Inovação é algo que os investidores das empresas de tech valorizam muito e nenhuma empresa quer correr o risco de ficar de fora de algo com potencial para revolucionar o mundo”, diz Sprone.

Esse aumento de interesse reflete o amadurecimento dessa transição para a Web3. Dois grandes insumos chegam junto com as big techs nesse mercado: capital e capital intelectual, segundo Fabrício Tota, diretor do Mercado Bitcoin. “O mercado cripto tem muita gente muito capacitada , mas ainda é pouco comparativamente. Quando essas empresas trazem recursos, essas pessoas, esses cérebros para dentro do mercado cripto, tudo pode se desenvolver de forma muito mais rápida e, por que não?, melhor”.

A entrada de big techs no segmento de criptoativos pode ser responsável por mudança cultural, na opinião de Sprone. “Nesses momentos, necessidades do mercado, até então adormecidas, são reveladas. Por exemplo, hoje em dia, questões como segurança transacional, diferenciais competitivos tecnológicos, e mesmo o conceito de descentralização, critérios que até então margeavam o debate público, vêm sendo explorados e discutidos”, pontua, reforçando que o amadurecimento do mercado traz muita oportunidade para os que souberem atender a essas novas exigências e esse novo público mais instruído.

Apesar do amadurecimento do mercado, Sprone entende ser importante que as empresas tenham diretrizes claras para atuação, até mesmo para que haja segurança jurídica. O executivo ressalta que o surgimento de regras em novo mercado é algo inevitável. “A tendência é que, mesmo desconsiderando a entrada das big techs, a regulação vá acompanhando o desenvolvimento do mercado. É normal que, em um primeiro momento, a regulação venha com exageros ou lacunas e muitas zonas cinzentas e, com o passar do tempo, vá sendo aprimorada, incluindo possíveis acordos e padronizações globais”. Para Tota, do Mercado Bitcoin, a regulamentação se dará em nível de cada jurisdição, mas seguindo um alinhamento do que se espera e de quais são as preocupações do ponto de vista global sobre um mercado como este.

Publicidade

Compartilhe

Veja também