Turismo, com cancelamento de 85%, pede plano ao governo
Segmento solicita ao Ministério do Turismo mecanismos para garantir sustentabilidade; no mês de março, taxa de cancelamento de viagens foi de 85%
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BuscarSegmento solicita ao Ministério do Turismo mecanismos para garantir sustentabilidade; no mês de março, taxa de cancelamento de viagens foi de 85%
Teresa Levin
16 de março de 2020 - 12h21
Com o registro de uma taxa de cancelamento de viagens de 85% em março por conta da pandemia do novo coronavírus, diversas entidades do setor de viagens e turismo se uniram para solicitar ao Ministério do Turismo um plano contingencial para o setor. A carta enviada ao governo federal contém cinco medidas e é assinada por entidades como a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional), Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH), Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) e Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp).
As entidades solicitam o apoio do Ministério do Turismo para a viabilização de medidas urgentes que revertam o que a Abav, em um comunicado, classifica como a maior crise vivenciada pelo setor na era atual. “Prevemos um altíssimo índice de falências entre as empresas relacionadas ao turismo, resultando em milhares de pessoas desempregadas e impactos diretos e indiretos no PIB brasileiro”, diz o texto publicado no site da entidade.Por ser apontado como um dos primeiros setores a sentir os efeitos da pandemia, as entidades solicitam as seguintes medidas: disponibilização de linha de crédito especial na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para as empresas de turismo, com carência para início do pagamento de no mínimo seis meses; aprovação de decreto para postergar o pagamento de impostos relativos à folha de pagamento, também por seis meses, desde que quitados no exercício de 2020; liberação do saque do FGTS para funcionários de empresas que exerçam atividade turística; parecer favorável do Ministério da Justiça em relação à remarcação de viagens contratadas pelo consumidor, diante do cancelamento e da devolução de valores. O texto diz que as agências não possuem reservas hoje para realizar a devolução de valores e a remarcação da viagem seria uma solução para manutenção do negócio sem prejudicar o consumidor. Além disso, o grupo pede redução do IRRF a 0% nas remessas para pagamentos de serviços turísticos ao exterior.
Segundo a Abav, o setor do turismo faturou em 2019, R$ 238,6 bilhões, considerando as atividades de hospedagem e similares, bares e restaurantes, transporte de passageiros, agências de viagens e cultura e lazer. O número de pessoas formalmente empregadas nas atividades turísticas seria de 2.983.080 trabalhadores.Compartilhe
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