O peso de ser um unicórnio brasileiro
Com o aporte de US$ 500 milhões do Softbank, Gympass entra para o seleto grupo de empresas avaliadas em mais de US$ 1 bi; título tem peso na marca
Com o aporte de US$ 500 milhões do Softbank, Gympass entra para o seleto grupo de empresas avaliadas em mais de US$ 1 bi; título tem peso na marca
Luiz Gustavo Pacete
29 de janeiro de 2019 - 6h00
A Gympass, plataforma de assinatura de academias, tornou-se nesta segunda-feira, 28, um unicórnio. O termo, que no jargão financeiro representa as empresas cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhão, foi aplicado à Gympass após os investimentos de US$ 500 milhões por parte do Softbank que fez o valor da plataforma chegar a US$ 1,1 bilhão.
Criada em 2012, a Gympass tem 19 mil academias cadastradas e atua em 15 países. Sendo um unicórnio, ela passa a compor um grupo seleto de empresas brasileiras que inclui 99, PagSeguro, Nubank, Stone e Movile. Do lado dos negócios, ser um unicórnio significa estar capitalizado e pronto para novos investimentos. Mas do ponto de vista de marca? Julia Chagas, gerente de marketing da Startup Farm, explica que ao chegar no patamar de unicórnio, uma startup demonstra a solidez da evolução do negócio e o potencial de seu crescimento.
“E isso por si só, tende a impulsionar a marca e a coloca em um novo patamar. É um ponto ótimo para a imagem da marca, que por sua vez, também precisa saber traduzir isso em suas ações de marketing”, diz Júlia. Ela lembra que, há alguns anos, fintechs foram uma grande tendência em inovação no ecossistema. “Acredito que este ano será de colheita de várias outras fintechs que têm feito um ótimo trabalho no Brasil e tendências como insurtechs e edtechs”, afirma.
Pedro Ramos, sócio do Baptista Luz Advogados e especializado em transações de tecnologia, aponta que o impacto de ser um unicórnio para uma marca é imenso. “Desde que o termo surgiu em 2013, a expressão tem sido uma espécie de cartão de visitas para startups que cresceram e agora fazem parte não só de um seleto grupo de empresas consideradas sexy por investidores e clientes, mas também começam a ocupar o espaço de grandes corporações”, explica.
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