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Oportunidades da Copa – Recife

Movimentos ainda são tímidos, mas agências e veículos já se preparam para aproveitar a onda positiva


10 de novembro de 2011 - 4h13

Por Roberta Queiroz

Recife reconhece tudo o que os dias de realização da Copa do mundo na cidade podem estimular: projeção internacional da cidade e aumento do número de turistas e do consumo, principalmente. Mas espera mais. O principal objetivo é garantir que os investimentos no evento tenham repercussão de longo prazo para a economia da região. A expectativa da Secretaria de Planejamento de Pernambuco é que a Copa traga para o estado cerca de R$ 8 bilhões em investimentos, dos governos federal, estadual, municipal e da iniciativa privada.

Neste momento, os setores público e privado aceleram os planos de investimento: indicada como a quinta cidade da Copa das Confederações e para que sedie o torneio em 2013, Recife precisa antecipar o cronograma de entrega da Arena Pernambuco e cumprir os requisitos da Fifa até junho de 2012.

Esse esforço tem como objetivo somar-se ao crescente desenvolvimento de Pernambuco, em curso há pelo menos cinco anos com a chegada de grandes fábricas, como a Fiat, a mais recente a aportar no estado. “Queremos prover a cidade para absorver esse desenvolvimento econômico”, afirma Amir Schvartz, secretário extraordinário da Copa do Mundo da Prefeitura do Recife.

O estádio que irá abrigar os jogos não foge a essa regra. “Criamos um projeto mais amplo para oferecer uma nova centralidade urbana”, afirma Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa de 2014 do governo do estado de Pernambuco. O projeto prevê a Cidade da Copa, que está sendo erguida na zona oeste da região metropolitana do Recife, no município de São Lourenço da Mata, na divisa com a capital pernambucana.

 

O investimento total no estádio será de R$ 532 milhões, dos quais R$ 494 milhões serão destinados apenas às obras de engenharia. A Cidade da Copa custará ao todo R$ 2,5 bilhões, além do investimento de R$ 2,2 bilhões em obras de infraestrutura concentrados na região metropolitana. São ações para melhorar mobilidade, telecomunicações, saúde e segurança. “Há meio século não existia um investimento desse montante”, afirma Leitão.
 

 

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Propaganda e mídia

Apesar de os anunciantes ainda não estarem pensando em estratégias para a Copa do Mundo, as agências de publicidade já começaram a formar núcleos para rentabilizar e gerar novos negócios com o maior evento esportivo do planeta. “Estamos pensando nas possibilidades antes dos clientes. Por enquanto, essa demanda das marcas ainda não chegou à agência”, afirma Benjamin Azevedo, um dos sócios da RGA.

A Ampla, uma das maiores da região, criou em junho uma diretoria de planejamento e novos negócios, coordenada pelo publicitário Fernando Lima. Uma das atribuições do novo departamento será desenvolver e planejar produtos para a Copa de 2014. “Ainda estamos em fase embrionária, mas sabemos que o evento será um grande novo negócio”, afirma Queiroz Filho, presidente da Ampla.

Para o publicitário Alfrísio Melo, presidente da Ítalo Bianchi Comunicação, os anunciantes locais ainda não começaram a se movimentar em torno da Copa. “O mercado pernambucano é varejista e por isso esse processo só deve começar mais perto do evento”, prevê. Para atender a essa demanda que mais cedo ou mais tarde virá, a Ítalo Bianchi está investindo em pesquisas para definir o que vai propor aos clientes. “Esperamos que o evento traga um incremento de 20% em mídia”, diz Melo.

Os principais grupos de comunicação também começaram a pensar em alternativas para captar anunciantes. O Sistema Jornal do Commercio (que conta com a TV Jornal, retransmissora do SBT, Rádio Jornal, Jornal do Commercio e Portal NE10), está criando projetos para cada um de seus canais. O primeiro a colocar em prática foi a TV Jornal. “A princípio queremos deixar o telespectador familiarizado com a magnitude do evento e o impacto que ele gera na região”, afirma Rodolfo Tourinho, superintendente do Sistema Jornal do Commercio.

O grupo Diários Associados – que no estado conta com os jornais Diário de Pernambuco e Aqui PE, a TV Clube (afiliada da Band) e as rádios Clube FM e Clube AM, além de operações na web – pretende criar um projeto multimídia que envolva todos os canais. “Ainda estamos em fase de elaboração do projeto, mas queremos fazer uma cobertura com interatividade e diversas opções para os anunciantes”, afirma Alano Vaz, diretor comercial do Diário de Pernambuco.

Leia a reportagem completa na edição Meio & Mensagem Especial Oportunidades da Copa
 

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