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A era do compartilhamento

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Ponto de vista

A era do compartilhamento

Empresas e setores precisam se adaptar a esse novo mundo, onde é cada maior a dificuldade em dissociar consumidor e criador


4 de julho de 2014 - 11h13

As redes sociais nos trouxeram a possibilidade da incrível experiência de compartilhar conteúdos e nos conectar com as pessoas, e o uso da tecnologia evoluiu de tal modo que hoje podemos compartilhar quase tudo, como produtos, serviços, meio de transporte, espaços e até dinheiro.

Nesse novo mundo, ampliamos o conceito de podermos ter o que queremos, mas sem precisar sermos dono de tudo – e podendo comprar de todo mundo. Isso muda tudo!

Acredito que você já tenha escutado falar da Airbnb (Air, Bed and Breakfast), plataforma onde viajantes podem procurar estadias mais inusitadas, convenientes e baratas pelo mundo todo, ao invés de procurar nos tradicionais hotéis. O Airbnb, como alguns outros que surgiram depois, deu acesso para que pessoas abrissem suas casas, quartos, casa da árvore e afins, a viajantes de todo mundo e está virando um grande problema para as grandes redes hoteleiras.

E, chegando ainda mais perto da nossa realidade cotidiana, não podemos deixar de lembrar das bicicletas do Itaú, que fazem muito sucesso por aqui. São exemplos de serviços pautados no novo movimento de economia compartilhada, ou economia colaborativa, como é chamado. Um movimento que tem crescido exponencialmente devido ao crescimento do acesso à internet, principalmente via mobile, e as sucessivas crises econômicas. Provavelmente vai impactar bastante a forma com que vivemos e a economia em geral.

Imagina a transformação que a indústria de hotelaria está passando depois dessas novidades? E vai ser assim com várias outras que não entenderem esse novo conceito e como podem tirar o melhor proveito dele. Afinal, ao invés de comprar novos produtos das empresas, as pessoas agora podem ter acesso aos mesmos itens, porem já usados, e disponibilizados por outros. E assim podem pagar menos e viver de uma forma mais sustentável.

Nesse sentido eu adoro o case da BMW, o DriveNow, serviço que disponibiliza o compartilhamento de carros elétricos em vários lugares da Europa, dando uma alternativa para quem quer usar um carro sob demanda ao invés de comprá-lo.

Outro caso fantástico é o da marca de roupas Patagonia, que, junto com o eBay, abriu espaço para a venda de produtos usados da marca no seu próprio site, visando um consumo mais sustentável e consciente e reforçando a principal qualidade da marca: a durabilidade das peças. Assim como esses, outros tantos exemplos estão surgindo a cada dia. 

wraps

Segundo o estudo Sharing is the new buyng, há três formas das grandes marcas se preparem para esse novo momento: via marketplaces, como no caso da associação das empresas Patagonia e Ebay, criando serviços específicos de aluguel ou assinatura, como o da BMW, e o modelo de co-inovação, pelo qual qualquer pessoa pode colaborar para o desenvolvimento de um produto/ serviço ou criar o seu próprio.

Como o estudo mesmo conclui, nesse mundo cada vez mais compartilhável teremos cada vez mais dificuldade em dissociar consumidor de criador.

Andrea Dietrich é gerente executiva de marketing da BRF 

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