Amir Somoggi
21 de dezembro de 2011 - 3h10
A derrota do Santos para o Barcelona no domingo 18 pela final do Mundial Interclubes da Fifa pode ter sido um dos maiores desafios futebolísticos do time da Vila Belmiro em sua história.
A derrota demonstrou a diferença entre os times, resultado direto do abismo financeiro que separam as duas agremiações. O Barça encerrou 2011 com receitas de R$ 1,08 bilhão, frente aos R$ 116,5 milhões do time do Neymar em 2010 e que pode encerrar 2011 com pouco mais de R$ 150 milhões gerados.
Entretanto, o Santos tem um desafio ainda maior, que é aproveitar esse momento de exposição global de sua marca e o apelo do Neymar, para iniciar um longo projeto de globalização de sua marca e expansão geográfica de seus negócios.
Esse desafio de internacionalizar o negócio do clube, em minha opinião, pode ser considerado mais difícil do que vencer um jogo contra o quase imbatível Barcelona. E esse jogo não há como vencer com sorte ou esquema tático.
O Santos terá que atuar como uma verdadeira marca global, investindo recursos, tempo e criatividade na busca dos bilhões de torcedores apaixonados por futebol . Esse bilhões de pessoas ao redor do planeta hoje consomem as marcas dos gigantes clubes europeus – Barcelona, Real Madrid, Manchester United, Bayern de Munique e Milan – e não dos clubes brasileiros.
Portanto a briga se dará em escala global e obviamente o retorno segue essa mesma proporção. Hoje os clubes brasileiros são praticamente desconhecidos no cenário internacional do futebol.
A questão é o Santos perceber que ele deve sair dessa oportunidade de ter jogado o Mundial Interclubes, muito melhor em termos mercadológicos do que quando chegou ao Japão.
Os casos recentes do São Paulo em 2005 e Internacional em 2006 devem servir de exemplos, já que os clubes venceram seus rivais europeus, mas não se transformaram em marcas globais.
Assim, o Santos deve maximizar esse momento positivo para sua marca, estruturando um projeto de longo prazo com foco no mercado internacional.
Esse desafio dependerá de profunda inteligência de mercado por parte do clube na estruturação de abordagens contínuas e consistentes.
O projeto não deve ser estruturado com uma visão tática, mas sim ter uma abordagem estratégica, algo ainda bastante raro em nosso futebol.
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