Os caminhos para a TV por assinatura

Meio & Mensagem
15 de junho de 2011 - 5h42

Nesta quarta-feira, 15, o Centro de Convenções Frei Caneca foi palco de uma importante discussão sobre o segmento de TV por assinatura: em seu segundo dia, a 12ª edição do Forum Brasil – que aborda o Mercado Internacional de Televisão – reuniu nomes de peso do mercado para discutir os caminhos da programação segmentada. Com a presença de Daniel Conti (Glitz!), Roberto Martha (Viacom), Renata Netto (ESPN), Krishna Mahon (History e Biography Channel), Tatiana Costa (Multishow) e Marcello Braga (Fox), o painel “Produzindo para a TV por assinatura” teve como objetivo expor a visão dos canais e suas expectativas em relação à produção nacional.

Dentre os diversos assuntos discutidos, uma das questões analisadas pelos palestrantes foi o embate “Qualidade versus orçamento”, no qual foram mostradas diversas alternativas: enquanto Tatiana afirmou que a Multishow fica encarregada por 100% das produções que veiculam no canal – tentando “conciliá-las num orçamento que é finito” – Krishna pontuou que depender só da verba do canal para o projeto ficar em pé nem sempre é um bom negócio. O argumento ganhou a aprovação de Martha e Conti, que ainda apontaram a necessidade de se pensar um modelo de coprodução de verdade, compartilhando o desafio com as produtoras.

No final do painel, os palestrantes ainda concordaram em mais alguns pontos: questionada sobre a necessidade de pilotos para a apresentação de novas produções, Krishna afirmou que nenhum dos três canais do grupo (History Channel, Biography Channel e A&E) pede pilotos. Renata endossou o coro, afirmando que isso também acontece na ESPN, e ainda completou: “além de processos como editais e pitching, o ideal é reunir as produtoras com o canal, para discutir todos os processos – até e, principalmente, a captação de recursos”. Sobre a produção em HD, a resposta foi generalizada: hoje nada é produzido utlizar esta tecnologia.