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A feliz história do cinema nacional

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A feliz história do cinema nacional

Indústria brasileira celebra data comemorativa com bons números de espectadores e de faturamento nas salas do País


7 de novembro de 2011 - 10h45

Em 2001, quem quisesse assistir a um filme brasileiro nos cinemas encontrava uma certa dificuldade. Considerando todas as salas de exibição do País, apenas 9% exibia alguma produção feita em território nacional. Em 2010 esse quadro já era diferente: pelo menos 20% das salas de exibição oferecem algum filme nacional como opção de entretenimento aos espectadores.

Embora ainda não seja a preferência de boa parte do público, o cinema brasileiro (cuja data oficial é comemorada no dia 5 de novembro) pode considerar que vem construindo uma curva evolutiva nos últimos anos. Tanto em termos de espectadores como em faturamento de bilheteria, as produções nacionais vêm conseguindo cativar a atenção do público e a ultrapassar, muitas vezes, os filmes estrangeiros na preferência dos espectadores.

Na semana passada, um estudo da Pyxis Consumo (ferramenta do Ibope Inteligência) apontou que, em 2011, o potencial de consumo dos brasileiros nos cinemas alcançou o patamar de R$ 1,76 bilhão. Desse montante, a Classe B lidera entre os grupos de consumidores, com um potencial de consumo de R$ 963 milhões. Em segundo lugar aparece a Classe C (R$ 386,42), seguida da Classe A (R$ 383,14). Por regiões, o maior potencial de consumo fica no Sudeste, seguido das regiões Nordeste e Sul.

Uma análise dos últimos dez anos também aponta a disposição maior dos brasileiros em ir ao cinema para assistir às produções nacionais. De acordo com dados da Filme B, em 2001 a média de espectadores de filmes nacionais foi de 6,9 milhões de pessoas. No ano passado, esse número já subiu para 25,6 milhões. Desse período, o grande destaque foi o ano de 2003, quando 22 milhões de brasileiros assistiram a algum filme nacional na telona. Após 2002, a indústria cinematográfica do País viu seu público cair consideravelmente nos anos seguintes, até que, em 2007, a média voltou a subir.

Confira a lista dos 20 filmes brasileiros com maior público nos últimos dez anos, bem como seu ano de lançamento e total de espectadores (em milhões), segundo dados da Filme B:

1- Tropa de Elite 2 (2010) – 11.081.199
2- Se Eu Fosse Você 2 (2009) – 6.137.345
3- Dois Filhos de Francisco (2005) – 5.319.677
4- Carandiru (2003) – 4.693.853
5- Nosso Lar (2010) – 4.060.000
6- Se Eu Fosse Você (2006) – 6.644.956
7- Chico Xavier (2010) – 3.414.900
8- Cidade de Deus (2002) – 3.370.871
9- Lisbela e o Prisioneiro (2003) – 3.174.643
10- Cazuza: o Tempo Não Para (2004) – 3.082.522
11- Olga (2004) – 3.078.030
12- Os Normais (2003) – 2.996.467
13- Xuxa e os Duendes (2001) – 6.657.091
14- Tropa de Elite (2007) – 2.421.295
15- Xuxa Popstar (2000) – 2.394.326
16- A Mulher Invisível (2009) – 2.353.136
17- Maria: Mãe do Filho de Deus (2003) – 2.332.873
18- Xuxa e os Duendes 2 (2002) – 2.301.152
19- Sexo, Amor e Traição (2004) – 2.219.423
20- Xuxa Abracadabra (2003) – 2.214.481

Sucesso como entretenimento, decepção como mídia

Se por um lado a atenção do público aumenta, o interesse dos anunciantes parece não acompanhar o ritmo evolutivo da mídia cinema. De acordo com dados do Projeto Inter-Meios referente ao primeiro semestre de 2011, o cinema atraiu um pouco mais de R$ 34 milhões da verba publicitária – o que corresponde a apenas 0,29% no total do bolo publicitário.

Festival do Cinema Nacional 

Para comemorar a data do cinema brasileiro, a rede de salas de exibição Cinemark promove, pelo 12º ano consecutivo, o Projeta Brasil, que exibe produções nacionais a preços simbólicos. Durante toda esta segunda-feira, 7, as salas de cinema do grupo exibirão diversos títulos que estiveram em cartaz nos últimos 12 meses (além de lançamentos recentes) pelo valor de R$ 2.
 

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