Conteúdo robusto é a aposta da Disney com o Star+

Valeria Contado
30 de agosto de 2021 - 13h54

Plataforma terá todas as temporadas de Os Simpsons (Crédito: Divulgação / Disney)

O grupo Walt Disney lança no Brasil nesta terça-feira, 31, seu novo streaming. O Star+ chega ao mercado com a proposta de trazer um conteúdo voltado ao público adulto, complementando a oferta que o grupo já tem com o Disney+. Os dois streamings, inclusive, serão oferecidos também como combo. A estratégia da marca será garantir a acessibilidade, por meio de ofertas e parceiros, e de uma interface amigável.

Para o lançamento, a Disney já terá quatro parceiros para distribuição – que ainda não foram revelados – e deve apresentar outros dois ainda durante o mês de setembro.

O Star+ chega em um cenário de disputa de atenção muito grande por parte de inúmeros stremings, e fará um esforço para atrair o público com base em um conteúdo robusto. Um dos movimentos que a empresa vem implementando é o investimento na produção de conteúdo local, fazendo com que essas séries transitem pela América Latina, como explica Danilo Campos, diretor de marketing do grupo: “Existe um compromisso da Disney de trazer esses conteúdos locais e de fazer com que esse conteúdo transite pelo mundo”, diz.

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Star+ investe em oferta de esportes para se diferenciar

Campos conta, ainda, que o aplicativo fará a estreia de séries como Impuros e Insânia e lançamentos graduais como de O rei da TV  (que conta a história de Silvio Santos), Não foi minha culpa, e How to be a carioca, além de um calendário especial de outros conteúdos para a América Latina. Juliana Oliveira, diretora de estratégia e negócios da Disney, avalia que o conteúdo local é muito importante para o grupo. “São um meio de retenção grande. Buscamos histórias que sejam relevantes ao público brasileiro”, comenta.

Pensando nisso, o conteúdo internacional também deve ser uma aposta  do Star+ para se fixar no mercado. O player terá séries já consagradas como This is Us e Greys Anatomy, todas as temporadas de Os Simpsons, e a estreia exclusiva na nova temporada de The Walking Dead. No entanto, a proposta apresentada pelo grupo é ainda mais robusta, com uma ampla programação voltada ao conteúdo esportivo, trazido diretamente dos canais ESPN.

Além de todos os conteúdos disponibilizados pelos canais lineares, que envolvem eventos como a transmissão da Copa Libertadores da América, NFL, NBA e Campeonato Inglês, o player terá 500 horas de eventos esportivos, transmitidos ao vivo.

Plataforma trará conteúdo esportivo da ESPN para o streaming (Crédito: Divulgação / Facebook ESPN)

Contudo, para se estabelecer em um mercado tão competitivo, o player precisa conversar com seus futuros espectadores, apresentar suas propostas, e reforçar o que os diferencia de seus próprios canais lineares. Danilo Campos relembra que o Star+ é uma marca que está construindo a sua identidade do zero. O grupo pensa em fazer uma grande campanha integrada, além de conteúdo publicitário direcionado aos targets específicos, como é o caso do público esportivo.

A diretora explica que a emissora irá usar todos os seus canais para gerar uma sinergia com os consumidores e atrair cada vez mais a atenção dos fãs de esporte para o seu player. “Temos uma estratégia de usar todas as nossas sinergias para aproveitar as relações que temos para conseguir promover todos os touch points”, comenta Juliana Oliveira. A marca deve contar com ações em digital e influenciadores de nicho, para engajar o público.

Canais lineares

O Star+ chega ao mercado com a proposta de trazer os conteúdos disponibilizados pelo Grupo Disney em suas vertentes, além, claro, da gama exclusiva. No entanto, a empresa prega que a plataforma será uma forma de complementar os canais lineares – ESPN, FOX Sports (antigo FOX) e Star.

Para Natalia Scalia, VP de direct-to-consumer da The Walt Disney Company Latin America, atualmente não existe nenhuma plataforma que oferece o que o Star+ pode oferecer, e que isso se complementa com os canais. A vice-presidente descarta encerrar as atividades lineares. “Da mesma forma que quando lançamos o Disney +, os canais continuaram presentes, não temos intenção de encerrar os canais lineares de Star+. O canal linear é muito relevante, e cumpre outra proposta”, reforça.

A Disney enxerga o novo player como uma plataforma que oferece uma combinação de conteúdos, que serão usados para se aproximar e conquistar os espectadores. “Nós somos uma empresa de tecnologia, que acompanha a forma de contar história. Somos uma plataforma, uma distribuidora de conteúdo”, finaliza Natalia.