Crescem pedidos sobre usuários do Google
Relatório de transparência divulgado nesta terça-feira, 13, indica tendência crescente de solicitações de informações sobre os usuários feitas pelo governo
Relatório de transparência divulgado nesta terça-feira, 13, indica tendência crescente de solicitações de informações sobre os usuários feitas pelo governo
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13 de novembro de 2012 - 6h00
O Google divulgou nesta terça-feira, 13, o Relatório de Transparência, com detalhes sobre os pedidos de informações de usuários e também de remoção de conteúdos. Os EUA lideram o ranking de pedidos de dados sobre as pessoas, feitos principalmente pelo governo, e atendidos em 93% (6.321 pedidos) dos casos. Em segundo lugar, vem o Brasil, com 90% (1.625 pedidos) de pedidos de informações feitos e atendidos. No total, no período que abrange o primeiro semestre deste ano, os pedidos (de entrega de dados e de remoção de conteúdo) chegaram a 20.938, feitos por governos de todo o mundo, ante os 18.257 feitos no último semestre do ano passado.
Os pedidos têm crescido desde que o Google começou a elaborar o Relatório de Transparência, em 2009. E, desde então, a taxa de crescimento de pedidos tem se acelerado. Entre 2010 e o ano passado, os pedidos de remoção de conteúdo haviam declinado. No entanto, entre o final do ano passado e o início deste ano, voltaram a subir, de 1.048 para 1.791 pedidos. Essas 1.791 solicitações se destinavam a pedir a remoção de 17.746 conteúdos, conforme o Google.
A demanda por dados ou as solicitações de remoção de informações são originadas por ordem judiciais e a difamação continua a ser a principal causa de remoção de conteúdo, seguida por privacidade e segurança. As críticas ao governo são a terceira principal causa de pedidos, o que pode sugerir uma espécie de censura, já que é o próprio governo que pede a retirada. Por outro lado, se existe a tendência de crescimento dos pedidos, não significa que o Google tem, efetivamente, retirado tudo o que é solicitado. A empresa aponta que o percentual de cumprimento (de retirada ou de dados de usuários) continua em queda desde 2010.
Em postagem no blog do Google, a analista sênior de política, Dorothy Chou, afirma que, na sexta edição do relatório, uma tendência tornou-se clara: a vigilância do governo está em ascensão. “No primeiro semestre de 2012, houve 20.938 consultas de entidades governamentais de todo o mundo. Esses pedidos foram feitos para obter informações sobre 34.614 contas. A informação que divulgamos é apenas uma pequena amostra isolada de como os governos interagem com a internet, uma vez que não sabemos como é feita a maior parte das solicitações de outras tecnologias ou empresas de telecomunicações. Mas estamos animados porque, desde o ano passado, empresas como Dropbox, LinkedIn, Twitter e Sonic.net começaram a partilhar as suas estatísticas também. Nossa esperança é que, ao longo do tempo, um maior número de dados reforçará o debate público sobre a melhor forma de manter a internet livre e aberta”, conclui a articulista.
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