Financiamento coletivo fortalece HQs brasileiras
No Dia do Quadrinho Nacional, comemorado nesta quarta-feira, 30, artistas e empreendedores apontam o que mantém a arte brasileira como negócio
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Luiz Gustavo Pacete
30 de janeiro de 2019 - 6h00
O Quadrinho Nacional comemora seu dia nesta quarta-feira, 30. Ser quadrinista profissional, no entanto, sempre foi um desafio no Brasil. Antes da era digital, para ter sua própria HQ, um artista tinha duas opções: tentar convencer uma editora a publicar ou fazer um fanzine. Bruno Oliveira, artista de quadrinhos que está em campanha de vendas no Catarse de sua primeira HQ autobiográfica, chamada What Now, Bruno?, explica que, atualmente, as possibilidades são outras.
“O Brasil é um case de quadrinhos no mundo”
“Com o financiamento coletivo, por exemplo, você não tem o editor avaliando se é uma HQ de interesse do leitor. O próprio leitor avalia se ele quer o material, ou não. E como a campanha dura um certo tempo, você vai tendo chance de encontrar o público ideal pra sua campanha. Comparado com a forma que era, eu não vejo “contras” para os criadores. E nem para as editoras, já que muitas delas aderiram ao Catarse pra atingir o público, sem ter que colocar dinheiro antes de realizar o projeto”, afirma.
Ivan Costa, sócio-fundador da Chiaroscuro Studios , explica que, em um mercado tão complexo quanto o brasileiro, que tem muita dificuldade quanto à distribuição, o financiamento coletivo aproxima leitor e criador e isso facilita a produção independente. “No financiamento coletivo, todo o lucro vai direto para o próprio criador e em um processo “normal” de editora e livraria isso é muito diluído. Boa parte do resultado financeiro das vendas de um livro vai para a livraria (que normalmente fica com 50% do valor final) e para a editora que, por sua vez, paga somente 10% do valor para o autor”, explica.
Quando as marcas encontram os quadrinhos
Costa explica, inclusive, que os financiamentos têm ampliado a variedade de temas. “A produção, na medida de cresce, também aumenta a variedade de gêneros. É muito comum encontrar hoje HQs sobre, gênero, quadrinhos LGBT, de aventura, de fantasia, biográficos e autobiográficos. Tudo isso aumenta o “colorido” desse mercado e ajuda a trazer um público cada vez mais diverso para essa produção. Existem vários projetos envolvendo quadrinhos na área de educação. Em deles é do cartunista Jal, chamado “Efeito HQ”.”
João Paulo Sette, CEO da Social Comics, concorda que as ferramentas digitais ajudaram também na divulgação dos conteúdos. “Agora os quadrinistas, principalmente os independentes, tem um canal mais próximo com o público e isso faz bastante diferença. Além, é claro, das vantagens evolucionárias dos meios digitais, como agilidade, facilidade e o custo, que não é necessário pagar a produção de quadrinhos físicos pra começar a divulgar seu trabalho”, afirma.
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