Globo usa grade de programação para impulsionar Copa do Mundo
Leonora Bardini, diretora de programação e marketing da TV Globo, fala sobre como a plataforma vai usar sua comunicação para se conectar com o público e reforçar a modalidade na grade
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Valeria Contado
14 de julho de 2023 - 15h43
Detentora dos direitos de transmissão de metade dos jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino, a Globo aproveitará toda a sua grade para fomentar a competição. A intenção da emissora é se conectar com os torcedores e reforçar a presença da modalidade na grade dos canais, especialmente na TV aberta.
Para isso, a equipe criou uma estratégia de comunicação que permeará toda a grade. Com isso, o objetivo é atrair a atenção do público e gerar conexão com a competição.
Para uma estratégia de comunicação consolidada, a Globo preparou uma série de ativações que ganham inserções em sua programação. Segundo Leonora Bardini, diretora de programação e marketing da TV Globo, a grade da emissora está, nesse momento, a serviço da competição.
Isso acontece por meio de campanhas nos intervalos comerciais, matérias com conteúdo na programação, como no programa Mais Você, e até mesmo um Globo Repórter dedicado especialmente a falar sobre a Copa do Mundo feminina. “A ideia é expandir e ter a comunicação de Copa do Mundo em diferentes horários, para falar com todo mundo”, explica.
Até a dramaturgia da emissora será usada para ativar os espectadores e convidá-los a assistir as transmissões. “Criamos uma expectativa e vamos contando essa história de uma nova forma”, reforça a executiva.
A ativação da comunicação da Globo já começou durante a final da Copa do Mundo do Catar, em 2022, com um convite a entrar no clima de Copa do Mundo feminina, em 2023. Agora que a competição está perto de começar, a empresa investirá em uma contagem regressiva para lembrar aos torcedores sobre início dos jogos.
Para isso, a Globo traçou uma estratégia de comunicação semelhante ao que foi feita na Copa do Catar. A diferença, no entanto, está nas camadas de comunicação. Para a competição feminina, o canal estreia uma comunicação mais didática, apresentando o público às jogadoras e à modalidade.
Nesse sentido, os canais Globo investem em contar a história de jogadoras e contextualizar a competição. As campanhas contam a história das seleções, das principais jogadoras e mostram como é o clima na Oceania – continente onde acontecerão os jogos.
Desse modo, a intenção da Globo, além de convidar os espectadores para assistir aos jogos do Mundial, é chancelar a presença da modalidade na emissora.
Atualmente, o Brasileirão feminino e a Supercopa são os investimentos do grupo no futebol feminino na TV aberta. Já nos canais por assinatura, a aposta é no Campeonato Paulista, além de ter transmitido a fase de grupos do Brasileirão.
Em um novo cenário de negociação de direitos de transmissão, a pulverização dos jogos é algo natural. Nesse momento, a Globo disputará a atenção com a CazéTV que, assim como foi na Copa passada, terá direito a exibir jogos do Mundial.
Para Leonoraa, no entanto, não existe uma disputa direta, pois são duas formas distintas de assistir aos jogos. “O consumo de TV aberta é um consumo mais relaxado. Temos um pré-jogo, nossos talentos e o ambiente de transmissão que é muito próprio e que tem uma memória afetiva”, diz. Além disso, a executiva completa dizendo que o consumo de TV aberta é algo para se fazer em grupo.
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