Spotify expande área de podcasts com aquisição da Ringer
Apesar do movimento, resultados financeiros do serviço de streaming no primeiro trimestre está abaixo das expectativas
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6 de fevereiro de 2020 - 15h58
Do Advertising Age
Com o intuito de expandir ainda mais a entrega de podcasts, o Spotify adquiriu a The Ringer, voltada para programas de esportes e entretenimento. No entanto, o desempenho financeiro do serviço de streaming ficou abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2020. A receita do quarto trimestre também ficou aquém das expectativas.
O maior serviço de streaming do mundo também disse que espera uma perda de US$ 71 milhões para US$ 126,8 milhões neste primeiro trimestre.
As ações do Spotify caíram 5,8%, índice mais alto desde agosto, para US$ 145,36 na quarta-feira, 05, em Nova York. As ações tiveram alta de 11% no último ano, com performance abaixo do índice S&P 500.
A empresa vem perdendo dinheiro porque transfere grande parte de sua receita a gravadoras e aos detentores das músicas. A companhia está investindo em podcasts para melhorar seu lucro.
O The Ringer é um site de esportes e entretenimento fundado por Bill Simmons, ex-ESPN, que conta com uma série de podcasts sobre os dois temas. Os termos da venda do veículo para o Spotify não foram divulgados.
Para justificar o investimento em podcasts, Daniel Ek, CEO do Spotify, disse que o consumo do formato cresceu mais de 200% no ano passado. “Compramos a próxima ESPN e achamos que será uma propriedade tremendamente valiosa à medida que olhamos o desenvolvimento dos esportes ao longo da próxima década, e os bilhões de pessoas que começarão a consumir áudio”, afirmou.
Fundada em Estocolmo, a companhia reportou a adição de 23 milhões de usuários ativos mensalmente no quatro trimestre de 2019, ultrapassando as previsões e estabelecendo um recorde para seu crescimento anual.
Em 2019, o serviço conquistou 64 milhões novos usuários, muito mais do que os 25 milhões de 2018.
Embora mais de 140 milhões dos usuários do Spotify acessam a versão gratuita da plataforma, que conta com anúncios, a companhia tem lutado para atrair patrocinadores.
Europa e América do Norte representam 60% da base de assinantes do Spotify. No quatro trimestre, o crescimento do serviço retomou o crescimento nas três regiões mais expressivas para a plataforma: América do Norte, Europa e América Latina. Durante o webcast realizado na quarta-feira, 05, para comunicar os resultados financeiros da empresa, Ek foi questionado sobre o fato de que o crescimento da companhia depende de mercados novos como Ásia e América Latina.
*Crédito da imagem no topo: Divulgação
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