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Futuro do trabalho: como as empresas devem se adaptar às mudanças?

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Futuro do trabalho: como as empresas devem se adaptar às mudanças?

A necessidade de reinvenção não está apenas na execução dos cargos de trabalho, mas também no uso da tecnologia para criar formas de contratação mais assertivas e que gerem uma maior capacidade de retenção.


24 de maio de 2019 - 6h55

 

 

Jacob Rosenbloom (*)

 

Quando falamos em tecnologia aplicada a empregabilidade, há duas vertentes que entram em debate. Há uma parcela da sociedade que acredita que a inteligência artificial irá tomar o lugar da força de trabalho humana e outra vertente que acredita que a inovação e a tecnologia podem ser aliadas do profissional neste cenário de evolução constante em que vivemos.

 

Creio que a tecnologia não irá destruir os empregos atuais. Ao contrário, diante de um futuro de mudanças e incertezas percebemos que é, justamente, ao apostar no uso de tecnologias como o machine learning, que as empresas podem alavancar os negócios.

 

A velocidade das mudanças traz a necessidade de uma maior dinamicidade no mercado de trabalho. Por isso, do que se pressupõe, a influência da inteligência artificial tende a colaborar para a geração de empregos, e não na eliminação deles. É o que afirma a agência Gartner de pesquisas. Segundo ela, até 2025, a inteligência artificial será responsável pela criação de até 2 milhões de postos de trabalho nos mais diversos setores, desde saúde, educação e governo até as manufaturas.

 

A necessidade de reinvenção não está apenas na execução dos cargos de trabalho, mas também no uso da tecnologia para criar formas de contratação mais assertivas e que gerem uma maior capacidade de retenção. Como fazer isso? Na maioria das vezes a resposta para esta pergunta está nos indicadores do próprio negócio e nas áreas de contratações das empresas.

 

Uma tendência é o uso da tecnologia para melhorar a eficiência e eliminar processos manuais, burocráticos e suscetíveis a um viés inconsciente. Com o machine learning aplicado ao RH, por exemplo, é possível ir além da gestão digital de currículos e agendamento de entrevistas para contratações e a tecnologia também pode ser uma ótima aliada em outras atribuições do departamento de recursos humanos.

 

Com o uso de algoritmos especializados, o departamento de R&S, pode ser otimizado, o que torna o processo mais ágil, eficiente e assertivo.

 

Acredito que ainda estamos longe da guerra entre máquinas e humanos que vemos nos filmes de ficção científica, e muito provavelmente isto nunca acontecerá. É possível criar um cenário em que a inovação seja aliada da força de trabalho e cada vez mais esta se torna uma perspectiva real. A ciência de dados torna-se a cada dia mais acessível para não especialistas gerando impactos altamente positivos para economia mundial e principalmente para países que possuem economias em desenvolvimento, como o Brasil.

 

(*) Jacob Rosenbloom é CEO da LEVEE

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