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HuBots: Data Driven Humans

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HuBots: Data Driven Humans

Neste artigo, a Hands mostra que um dos robôs em operação no futuro seremos nós mesmos e que dados e DNA humano poderão ser parte de uma mesma plataforma.


19 de março de 2019 - 7h17

Quando você imaginava um futuro controlado por robôs, provavelmente vinha à sua cabeça uma imagem do filme Extermiandor do Futuro, no qual os humanos se rendem à força bruta e física emposta por mega robôs armados até os dentes.

Passados alguns anos, pensando num futuro próximo, as máquinas, ou melhor algoritmos, estão controlando, e irão, cada vez mais, controlar os humanos. Porém, a grande diferença é que isso está sendo feito de uma forma muito mais sútil e, o principal, por nossa vontade. Gradativamente, seja para poupar o tempo, melhorar a perfomance, cuidar da saúde etc, os seres humanos estão tomando decisões e agindo baseado no que os computadores nos dizem. E, de olho no que já está acontecendo, eles já são o nosso melhor guia.

Family Business

A segmentação de targets vem se atualizando na linha do tempo. Os dados sócio-demográficos sempre foram a base, no mundo dos computadores os dados de navegação em sites passaram a criar clusters comportamentais, na era Mobile que vivemos, geolocation, app usage e outras infos ajudar a criar esses perfis. Já começamos a entrar na fase na qual os connects devices (IOT) também terão o seu papel nessa clusterização. But, what’s next? A resposta está, literalmente, dentro de você: no seu DNA.

A projeção é que até 2025, o mercado de sequenciamento genético voltado para o consumidor final vai chegar a US$ 22,719 bilhões no mundo. E já tem empresas fazendo isso

Duas empresas dominam este mercado: AncestryDNA e 23andMe. Ambas vendem um kit caseiro para o usuário coletar amostras de seu DNA e enviar para as companhias, que analisam os genes. Enquanto a AncestryDNA é aquele teste clássico que conhecemos, que mostra quem são os familiares e a etnicidade da pessoa; a 23andme vai além: tem feito não só análise de ancestralidade, mas de doenças genéticas – como o mal de Parkinson – que podem ser ligadas a certas partes do genoma.

Data is the rule

Mais do que a tecnologia para decodificar o genoma, a análise e a quantidade de dados são o diamante dessas empresas. Segundo o MIT, mais de 26 milhões de pessoas usaram essas plataformas nos últimos anos. “Se este passo continuar, mais de 100 milhões de pessoas terão feito esses testes e terão seus dados de DNA nos próximos dois anos”, indica a pesquisa.

Apenas a AncestryDNA disse ter 10 milhões de usuários, uma base de respeito. Segundo especialistas em genoma, quanto mais dados levantados de genes, melhores são as descobertas. Tanto que, em 2018, pela primeira vez na história, uma série de doenças teve a marca de mais de um milhão de pessoas com o DNA decodificado. Apenas no ano passado, com ajuda da 23andMe, pesquisadores acharam as bases genéticas da insônia e de alguns casos de depressão.

Não é à toa, que com a base crescendo cada vez mais, o uso desses dados começa a entrar nos negócios. A 23andMe fechou um acordo de US$ 300 milhões com a gigante farmacêutica GlaxoSmithKline para o desenvolvimento de remédios melhores, principalmente para doenças raras. Segundo a empresa, 80% dos usuários toparam que seus dados fossem usados para desenvolver pesquisas e novos tipos de medicamentos.

Feito por e para você

E o Mobile onde fica? Bem, todas essas empresas dão seus resultados via aplicativo, onde juntam os dados extraídos dos smartphones dos usuários com os de DNA. Nossos hábitos, assim como o DNA, também fazem parte de quem somos.

Algumas, inclusive, absorveram o Mobile às suas estratégias. É o caso da Helix que tenta ser a “Apple Store para o DNA”, ou seja, oferece uma série de serviços baseados nos dados genéticos e nas informações de comportamento extraídas do smartphones. A plataforma tem mais de 25 parceiros que, com os dados levantados, dão desde recomendações de exercícios físicos para o código genético até… alguns que indicam qual tipo de vinho (???)  é indicado para o usuário. E até onde poderia ir essas indicações? Roupas com os melhores tecidos para o tipo genético das pessoas? Alimentos? Cosméticos? As possibilidades de criar clusters tomando os genes como base são infinitas.

“Nosso marketplace serve para fazer com que as pessoas entendam melhor quem são e tomem decisões mais bem informadas”, disse a executiva-chefe da Helix.

New world

Agora a gente vai num degrau acima: com IoT e AI. No mês passado, a 23andMe lançou um “treinador digital”, que mistura AI com os dados genéticos e de hábito do usuário. O objetivo do “coach” é prevenir o diabetes tipo 2 em usuários com predisposição para esta doença na família – que mostra no genoma.

A ideia é, em algum momento, o “treinador AI” possa usar também informações em tempo real retiradas de smartwatches e pulseiras – tipo a fitbit. E se esse treinador puder ir além, e falar quando – e onde – seria mais saudável para o usuário fazer exercícios? Ou indicar o melhor momento de procurar o médico? Quais os horários mais saudáveis de se acordar e de ir dormir, na hora que isso ocorre?

E aí, estão preparados para esse data driven world?

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