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Tem storyteling no seu plano de comunicação?

“Me conte e esquecerei, me ensine e talvez recorde, me envolva e eu aprenderei” disse Benjamin Franklin, um dos fundadores dos Estados Unidos no século 18.

e Alexndre Waclawosky
1 de outubro de 2019 - 7h37

Por Alexndre Waclawosky (*)

Histórias permeiam e fazem parte de nossas vidas, desde que o mundo é mundo. A publicidade ganhou corpo ao longo do tempo, movida por uma necessidade crescente em diferenciar marcas e serviços.

Ambas com seu valor e muitas vezes mescladas. Em 2009, há exatos 10 anos, foi realizado um experimento antropológico, por Rob Walker e Joshua Glenn, chamado “Significant Objetcs”, onde uma equipe de Roteiristas, criava narrativas para objetos comprados com valor menor que U$ 1.25 no eBay.

Os mesmos objetos, agora com narrativas sobre sua origem ou história, no corpo de suas descrições, eram novamente postados no e-Bay para venda. Resultado: foram arrecadados U$ 8.000 nesse experimento, mostrando o poder de uma história, que aportou um valor intangível a algo completamente ordinário.

Um bom exemplo, desse experimento é o objeto abaixo, comprado por U$ 1 e vendido por U$ 162.

Olhando para esse objeto (vejam no site outros exemplos), você pode pensar uma loucura pagar até U$ 1 por ele, porém no momento que ele faz parte de um contexto, ele ganha um significado, aporta uma sensação ou envolvimento, passando a ter uma outra percepção de valor.

Vale um paralelo rápido com a Arte, onde paga-se muitas vezes pela história do artista e não por seu quadro ou escultura. Declarar possuir um quadro de artista x ou y, às vezes, tem mais valor que mostrar a pintura em si. A cultura do conhecer e contar histórias é parte importante do mercado de Arte.

Vivemos tempos, onde um furacão de estímulos e mensagens nos atinge 24 horas, 7 dias por semana, brigando por nossa atenção, em qualquer hora ou lugar. Basta acordar, pegar o celular no criado mudo e pronto, já começou. Estamos, por hora, a salvo enquanto dormimos.

E é nesse contexto, onde estamos, por um lado, cada vez mais avessos a essa quantidade de estímulos involuntários, que por outro lado, estamos mais e mais ávidos em procurar ou receber boas histórias, não importando sua duração, seu gênero ou como nos alcança, mas sim por sua relevância e capacidade de gerar emoções.

Temos muita mais memória de algo que nos tocou e fez sentir. Esses são os temas que irão formar parte de nosso inventário de histórias a compartilhar. Inventário esse, que sempre está em déficit, ou seja, boas histórias são guardadas e compartilhadas.

Lembra da citação do Benjamin Franklin no início do texto?

Como você avaliaria a comunicação da sua marca?

(*) Alexandre Waclawovsky é consultor de inovação de negócios e novas práticas digitais de martech na Amélie Consultoria.

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