Será que o pôquer é o novo MMA?

Felipe Turlao
27 de julho de 2012 - 8h47

André Akkari é o novo atleta gerenciado pela 9ine. A primeira surpresa reside no fato de que o atleta, ainda pouco conhecido do grande público no Brasil, é um dos nomes conhecidos do pôquer mundial e um dos principais participantes do seleto clube Team PokerStars. Segunda surpresa: como assim um jogador de pôquer é considerado um atleta?

Pois o objetivo da 9ine com Akkari é justamente acabar com essa visão, por meio de uma estratégia que visa transformá-lo em uma personalidade, ao mesmo tempo em que eleva o valor do esporte.

A agência compara o projeto com o que envolve o gerenciamento de carreira de Anderson Silva, o que ajudou no fortalecimento do MMA como esporte junto a públicos menos segmentados. "Entendemos que o poker, que é uma modalidade reconhecida pelo próprio MInistério dos Esportes, vem conquistando cada vez mais adeptos, quebrando barreiras e preconceitos. E com a chegada do Akkari queremos contribuir com este processo”, afirma Evandro Guimarães, diretor de operações da 9ine.

Akkari trabalhava em uma empresa de software, quando descobriu os jogos de pôquer online e começou a faturar dinheiro, tornando-se um dos melhores jogadores do Poker Stars. Já embolsou mais de US$ 500 mil na internet com o que poderia parecer uma brincadeira. Akkari partiu também para os eventos cara-a-cara, nos quais conquistou alguns prêmios – o mais importante dele, em 2011, foi uma etapa do No Limit Hold´, evento da importante World Series of Poker, em que conquistou nada menos que US$ 676 mil.

Será que, assim como Anderson Silva e o MMA, Akkari e o pôquer deixarão de ser conhecidos apenas pelo restrito público fã do esporte e ganharão as massas e as audiências das emissoras de TV? Este o desafio da agência e as cartas estão na mesa.