Fischer troca Nivea pela Hypermarcas

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Fischer troca Nivea pela Hypermarcas

Executivo assume a área de consumo da empresa, antes conduzida por Nelson Mello, que se torna diretor de relações institucionais


26 de janeiro de 2012 - 9h15

O novo presidente da divisão de consumo da Hypermarcas é o alemão Nicolas Fischer, que era presidente da Nivea. O executivo substitui Nelson Mello, que agora vai dirigir a área de relações institucionais da Hypermarcas. A mudança é resultado de uma reestruturação iniciada em 2011 que culminou na necessidade de se criar a área de relações institucionais, na qual Mello seria o mais indicado.

Com receita líquida aproximada de R$ 1,1 bilhão entre os meses de janeiro a setembro de 2011, alta de 20,6% em comparação a 2010, a área de consumo da Hypermarcas representa cerca de 40% das vendas líquidas da empresa. De acordo com informações publicadas na edição dessa quinta-feira, 26, pelo jornal Valor Econômico, a unidade finaliza a realização de ajustes do seu modelo comercial e no ritmo de demanda e nível de estocagem.

O processo de reorganização da empresa ganhou força a partir da metade do ano passado com o anúncio da revisão da política comercial da Hypermarcas. O objetivo foi reduzir descontos e antigas facilidades consideradas prejudiciais ao negócio, mas acabou gerando desconfianças junto ao mercado financeiro e o valor de mercado da companhia acabou despencando. Agora, os investidores direcionam sua esperança para os resultados do grupo no primeiro trimestre de 2012.

A reestruturação
Doril, Bozzano, Epocler, Gelol, Merthiolate, Monange e Benegrip são alguns dos produtos que permanecem no portfólio da Hypermarcas, agora focado em higiene pessoal, beleza e medicamentos. Fora isso, todos os demais negócios foram vendidos. Com Etti, Salsaretti e Puropure, a divisão de alimentos foi arrematada pela americana Bunge, por R$ 180 milhões. Já a Flora, do grupo JBS, pagou R$ 140 milhões pelas marcas de higiene e limpeza Assim, Sim, Gato, Fluss, Sanifleur e Mat Inset. A terceira transação foi feita com a Química Amparo, dona da marca Ypê, que comprou a linha Assolan por R$ 125 milhões.

Esses ativos devem ajudar a diminuir as dívidas da empresa, mas não impediram o rebaixamento da projeção de rating da Hypermarcas de neutra para negativa pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P). A companhia vale hoje praticamente o mesmo que em 2008, quando abriu o capital, com seus papeis cotados a R$ 8,67. A expectativa inicial dos bancos de investimento era que as ações valessem R$ 25 no último mês de dezembro.

As queixas
Projeções não cumpridas, critérios imprecisos para divulgar resultados e falta de visibilidade do negócio e da gestão são algumas das reclamações dos investidores. Só a previsão do Ebitda, por exemplo, foi reduzida duas vezes, de R$ 1 bilhão para R$ 900 e depois para R$ 700 milhões. A desconfiança aumentou após o anúncio de um prejuízo de R$ 190,5 milhões no terceiro trimestre de 2011.

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