Coworking funciona para agências?
Interatividade, compartilhamento e afinidades são vantagens dos espaços colaborativos apontados por profissionais do mercado
Interatividade, compartilhamento e afinidades são vantagens dos espaços colaborativos apontados por profissionais do mercado
Luiz Gustavo Pacete
1 de agosto de 2017 - 10h31
Quando e por qual motivo uma agência deve optar por um espaço compartilhado, ou um coworking? Além das questões de custos, sobretudo para as agências menores e independentes, o coworking tem ajudado muitos profissionais a se conectarem com um mundo que pode não estar tão acessível no cotidiano dos ambientes de trabalho comuns.
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Vinicius Aguiar, sócio da Bossa Comunicação, enxerga na experiência do espaço compartilhado uma nova forma de manter a agência perto da inovação. “A decisão de ir para um espaço compartilhado se deu principalmente pela nossa urgência em estar num ambiente interativo, dividindo espaço com pessoas jovens, criativas e com ideias e projetos inspiradores. Além disso, as facilidades para se contratar um espaço como esse — que não requer investimento em reforma, em decoração — são muitas”, diz Aguiar.
Atualmente, a Bossa Comunicação está instalada na Casaplanta desde março, um espaço de escritórios compartilhados em São Paulo, Aguiar conta que a agência já chegou a ser sondada por outra empresa para prestar serviços. “Só consigo pensar no quão positivo foi sairmos da sala onde estávamos para vir para um coworking: interação com criativos, networking, novos negócios, fomento de projetos coletivos e criativos, economia no investimento mensal, são alguns dos pontos positivos somados nesta nossa iniciativa”, observa.
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Adilson Batista, sócio e diretor de estratégia da Today, acabou de se mudar de um escritório alugado para o WeWork Paulista, um novo espaço de coworking de São Paulo. Segundo Batista, dentre as razões pela troca está o objetivo de conectar a equipe da agência ao ambiente de inovação.
“O segundo motivo é networking com pessoas diferentes do mercado de propaganda. Quero levar a Today para interagir com mercados novos, ter novos olhares, novas conversas, e novas referências. E estar envolvido em discussões mais amplas sobre mobilidade urbana, gestão de pessoas, desenvolvimento de aplicativos, tecnologias, processos, e outras coisas novas”, diz Batista.
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Tiago Ritter, CEO da W3haus, conta que, em 17 anos de agência, já testou vários formatos de espaço colaborativo. “Nossa primeira experiência em dividir o mesmo ambiente aconteceu em Londres. Tivemos a W3haus Uk de 2006 a 2011 e nossa primeira sede foi em um coworking em um prédio de propriedade do Nick Mason, baterista do Pink Floyd.” Atualmente, a agência está instalada na Área51, um polo de inovação e tecnologia que reúne diversas empresas em Porto Alegre e mesmo não estando diretamente em um coworking, a proximidade facilita a interação dos profissionais.
“Essa troca com pessoas que não vivem o dia a dia de uma agência é muito rica para gerar insights, para trazer um olhar externo para nossas entregas, para tirar da zona de conforto. Outro benefício em estar num polo compartilhado com empresas afins, é poder usufruir de uma infraestrutura útil a todos e que poderia ser pesado se ficasse na conta de um só”, diz Ritter.
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