Fernando Chacon deixa Itaú Unibanco

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Marketing

Fernando Chacon deixa Itaú Unibanco

Marketing será compartilhado entre Eduardo Tracanella e Guilhermo Bressane, que se despede do Google


24 de abril de 2019 - 19h46

Após uma carreira de 22 anos no Itaú, Fernando Chacon, que nos dez últimos anos ocupou o cargo de diretor executivo de marketing do banco e também foi CEO da Rede entre 2016 e 2017, está deixando a companhia. Quando passou, no fim de 2017, a função na Rede para Marcos Magalhães, Chacon também retomou no Itaú áreas como relações com governo, sustentabilidade, comunicação corporativa e microcrédito.

 

Executivo fica no banco até 30 de abril e sua função executiva será extinta (Crédito: Celina Filgueiras)

Com sua saída – ele fica no cargo até 30 de abril – haverá uma reestruturação no marketing do banco e nas outras áreas citadas. Das duas diretorias de marketing, uma continua sendo ocupada por Eduardo Tracanella (diretor de marketing institucional e atacado) e a outra será assumida, em maio, por Guilhermo Bressane, que deixará o cargo de diretor de negócios do Google. Ele será responsável por marketing de negócios de varejo.  “Apesar de os nomes darem impressão de que terão responsabilidades distintas, eles atuarão numa relação muito próxima, envolvendo questões como design, canais digitais, patrocínios e mídia. Ambos serão efetivamente responsáveis pelo marketing do Itaú e a minha função executiva não será reposta”, afirma Chacon.

Tracanella e Bressane se reportarão ao Comitê Executivo do banco, que continua sendo atendido pelas agências Africa e DPZ&T. Luciana Nicola, que até então cuidava com Chacon das áreas de sustentabilidade e relações institucionais também se reportará a esse comitê. Já Leandro Modé, responsável pela comunicação corporativa, fica também com relações com governo e irá se reportar a uma diretoria executiva ligada ao Jurídico e Ouvidoria.

O destino de Fernando Chacon, a partir de agora? Ele brinca que a ideia é não ter destino. Contando, em seguida, ter feito um plano para sair do ambiente corporativo até os 55 anos de idade e realiza isso agora, aos 53. “Quero me desintoxicar um pouco. Ter tempo para recuperar a gestão do tempo, poder respirar com mais calma. Organizar a vida e cuidar mais do corpo e da mente”, diz.

Entre algumas coisas “bem pessoais”, que ele quer fazer está a inauguração, no começo do segundo semestre, de uma oficina mecânica na região da Lapa, em São Paulo. Sim, mecânica e marcenaria são duas de suas paixões pessoais, mas esta última requer mais dedicação e ele não quer esse tipo de pressão agora. Chacon também dedicará parte de seu novo tempo livre a processos de mentoring de startups – já está fazendo isso para duas delas, mas prefere não revelar quais.

Sobre o período vivido no Itaú, afirma ter uma “baita sensação de realização e dever cumprido”. Ressalta que no período em que esteve no cargo houve muita tecnicidade no marketing, evolução da gestão da marca e a definição do propósito do banco, fundamental para seu futuro. “Estruturamos o marketing de maneira que nos deixa muito prontos para esse mundo atual, em que somos incapazes de julgar o ciclo de tempo das mudanças, tão rápidas elas são. Temos uma estrutura de design de serviços e centralidade nos clientes, que são mesmo pensamento de startups, de envolver as pessoas e não trabalhar olhando para o próprio umbigo. Foi uma evolução importante e diferencial frente aos concorrentes”, pontua Chacon.

O executivo também exaltou seu parceiro de empreitada Tracanella não apenas como seu braço direito, mas como alguém que era também parte de sua mente e coração. Chacon diz encerrar um ciclo com muita alegria, sentimento de realização e a certeza de estar tomando a decisão certa e estar cedendo espaço para que outros continuem a história bonita da marca.

Por continuar sendo acionista do banco, pelos próximos cinco anos ele não poderá trabalhar em qualquer atividade correlata. Mas isso não está mesmo em seus planos, como fez questão de deixar claro.

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