AfroReggae licencia selo para produtos
ONG comercializará marca AR. Reserva, Natura, Evoke e Red Bull são os primeiros parceiros
ONG comercializará marca AR. Reserva, Natura, Evoke e Red Bull são os primeiros parceiros
Teresa Levin
12 de novembro de 2012 - 9h13
Um projeto inovador no Brasil está sendo capitaneado pelo AfroReggae com o lançamento do selo social AR. Com o objetivo de tornar a ONG carioca independente, a iniciativa foi elaborada por Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva, e, além da própria marca carioca, famosa, por suas camisetas, tem como parceiros a Natura, patrocinadora do AfroReggae, a Red Bull e a marca de óculos escuros Evoke.
O modelo do AR é inspirado no movimento Red, criado por Bono Vox, vocalista do U2, para conseguir ajuda para a compra de medicamentos para as vítimas da Aids na África.
Tudo começou há dois anos, quando o apresentador da TV Globo Luciano Huck apresentou Meisler a José Júnior, fundador do AfroReggae. “Desde então, a ideia vem maturando na nossa cabeça. Minha participação é como voluntário: demos a ideia e montamos a parte institucional do selo, mas é um produto para ser comercializado pelo Júnior”, conta Meisler. A Reserva lançou a primeira coleção com o selo AR em grande estilo, no Fashion Rio, na semana passada — as peças estarão nas lojas a partir desta quinta-feira 15.
“A partir daí, como todas as coleções nossas, a Reserva AR terá um corner atualizado semestralmente em nossas lojas. Devemos começar a veiculação na mídia em dezembro e janeiro”, diz. Meisler acrescenta que o Grupo Abril é parceiro de mídia da iniciativa. “E estamos negociando com outros veículos”, revela.
José Júnior, fundador do AfroReggae, afirma que o selo foi criado vislumbrando a possibilidade da ONG alcançar a independência financeira. “Não conheço no Brasil uma ONG que seja 100% autossuficiente. O AfroReggae tem este potencial. Nosso orçamento beira R$ 22 milhões ao ano, montante destinado a 40 projetos dentro e fora do País. Achamos que, pelo volume, pela qualidade do selo, e com a venda de shows da banda AR 21, dos nossos grupos de teatro, circo e dança, temos condições de alcançar nossa independência”, avalia. Mas isso não significa que a ONG dispense o molde tradicional de patrocínio. “Queremos ter nossos patrocinadores, sempre, porque hoje, se não tivermos patrocínio, o Afro Reggae acaba. Nossa ideia é gerar recursos para aproveitar o potencial de negócio que a marca conquistou nestes 20 anos, em busca de autonomia”, explica.
Mais produtos
Parceira de outrora da ONG, a Natura acertou sua participação nesta iniciativa. Júnior conta que, há algum tempo, José Vicente Marino, vice-presidente da empresa, oferecia um espaço no catálogo da Natura para a comercialização de algum produto ligado ao AfroReggae.
“O sonho de qualquer empresa é colocar um produto no catálogo da Natura, que tem 1,4 milhão de mulheres fazendo venda direta, batendo nas portas dos lares. Não tinha valorizado esta oportunidade, mas, agora, teremos uma ação piloto: duas camisetas com estampas diferentes criadas pela Reserva e doadas para a Natura. Serão vendidas em oito Estados, para começarmos, como um teste”, conta Júnior. Ele acrescenta que, a partir do momento que os produtos já tiverem uma aceitação, serão comercializados no Brasil inteiro. “A Natura está possibilitando nossa história”, diz.
O fundador do AfroReggae acrescenta que também está acertada uma parceria com a Red Bull. “Ainda este mês, eles colocarão no mercado quatro milhões de latas em packs que terão o selo AR”, antecipa, sobre a arte especialmente desenhada para as embalagens, cujo autor será uma criança moradora das comunidades nas quais o AfroReggae atua.
Leia a íntegra desta matéria na edição impressa 1535 do Meio & Mensagem (de 12 de novembro de 2012).
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