Coty nao desiste de comprar a Avon
Francesa tentará convencer os acionistas da Avon a reconsiderar a oferta de compra, que pode ultrapassar o valor de US$ 10 bilhões inicialmente proposto
Francesa tentará convencer os acionistas da Avon a reconsiderar a oferta de compra, que pode ultrapassar o valor de US$ 10 bilhões inicialmente proposto
Janaina Langsdorff
9 de abril de 2012 - 8h30
A francesa Coty não se conformou com a recusa da oferta de US$ 10 bilhões feita para comprar a Avon e, segundo o jornal Financial Times, vai agora partir para uma ofensiva junto aos acionistas da maior empresa de vendas diretas do mundo, que acumula uma desvalorização de 45% dos seus papeis em 2011, além de ser investigada por práticas de corrupção.
A expectativa é convencer os sócios da Avon a reconsiderar a proposta, que ainda nesta segunda-feira, 9, pode ter um valor ainda mais alto anunciado por Bart Becht, diretor do conselho da Coty. A investida foi bem aceita pelo mercado de capitais americano. Há cerca de uma semana, quando a Coty oficializou a oferta de US$ 10 bilhões, as ações da Avon valiam US$ 23,25, ante os US$ 23,42 registrados na última sexta-feira, 6.
Enquanto a Coty registra vendas da ordem de US$ 4,1 bilhões, a Avon totaliza um valor de US$ 11 bilhões, mas os resultados vêm declinando. Somente no quarto trimestre do ano passado, o prejuízo líquido foi de US$ 400 mil, ante um lucro líquido de US$ 229,3 milhões na mesma comparação com o ano de 2010. No último mês de fevereiro, a Avon anunciou um corte de despesas diretas e de funcionários para tentar reduzir custos e reverter os resultados negativos acumulados ao longo de 2011.
O encolhimento dos resultados provocou também a saída de Andrea Jung, em dezembro de 2011, do cargo de CEO da empresa. A executiva passou a atuar apenas como presidente do conselho de administração. Ambos os cargos foram exercidos por Jung durante dez anos. A escolha da pessoa que assumirá a posição de CEO da Avon acaba de ser anunciada. O nome dela é Sherilyn McCoy, que ocupou a posição de vice-presidente da área de consumo da Johnson & Johnson durante 30 anos.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros