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Estrela da NFL boicota logo da Nike em treino

Um dos ícones do futebol americano, Tom Brady é patrocinado por uma concorrente da fornecedora oficial de uniformes da liga profissional de futebol americano


9 de outubro de 2012 - 12h44

A camuflagem está se tornando pior do que o crime na NFL nesta temporada. Os quaterbacks Tom Brady, do New England Patriots, e Robert Griffin, do Washington Redskins, têm gerado controvérsia por cobrirem o logotipo da Nike em seus uniformes. 

A Nike se tornou a nova fornecedora oficial da NFL nesta primavera, substituindo a Reebok, que manteve contrato com a liga profissional de futebol americano durante a última década. Brady é patrocinado pela Under Armour enquanto Griffin faz propaganda para Adidas – ambas concorrentes da Nike. Os jogadores estão claramente se rebelando contra a ideia de usar o swoosh (logo da Nike) sem serem pagos para isso.

Griffin foi o primeiro a truncar o jogo, ao escrever a palavra “coração” em cima do logotipo da Nike em sua camisa antes de um jogo contra o New Orleans Saints. A NFL enquadrou Griffins – e o quarterback não tentou repetir o feito.

Então Brady (que é casado com a top model brasileira Gisele Bündchen) seguiu o exemplo, encobrindo com o que parecia ser um adesivo o logo swoosh na manga de seu moletom da Nike, antes de assumir o principal lugar da mesa, em uma coletiva de imprensa dos Patriots.

Mas Brady se safou de uma advertência porque cobriu o logo em um dia de treinamento, no meio da semana.

“A política (para exibição do logotipo da Nike nos uniformes) só é relativa ao dia do jogo”, declarou Brain McCarthy, porta-voz da NFL.

Ironicamente, as tentativas de Brady e Griffin só “atraíram mais atenção” para o logo da Nike, diz David Schwab da Octagon.

Atletas patrocinados por determinadas marcas participaram de jogos exibindo logotipos de empresas rivais em outros tempos. Durante as guerras dos calçados no início dos anos 1990, os superstars Michael Jordan e Charles Barkley lideravam o grupo de patrocinados pela Nike, enquanto Magic Johnson foi garoto-propaganda da Converse.

Quando os homens do “Dream Team” do basquete apareceram na Olímpiada de Barcelona, em 1992, tinham uma escolha a fazer. Ao receber as medalhas de ouro conquistas por eles para os EUA, o trio poderia usar o uniforme oficial com o logotipo da Reebok no pódio – ou, então, cobrir a marca. A solução dos atletas: colocar bandeiras americanas sobre seus ombros escondendo o logo da Reebok.

Os jogadores pareceram mais preocupados com seus patrocinadores do que com seus países. Mas essa é a realidade quando milhões de dólares estão em jogo, afirma Ernest Lupinacci, ex-diretor criativo de publicidade da Nike na Wieden& Kennedy.

Atletas patrocinados frequentemente possuem boas razões para distanciarem-se de logos rivais, diz ele. Primeiramente, atletas habituados ao marketing querem ser vistos como parceiros leais de negócio. Tais atitudes contam pontos a favor deles enquanto o tempo do contrato se esvai – e concedem crédito aos atletas se são fotografados usando uma marca rival em algum outro momento.

Ainda assim, atletas como Brady e Griffin não estão enxergando as coisas como um todo, diz Lupinacci. A Nike está pagando a NFL para ser o fornecedor oficial de uniformes.

“Lá no fundo, você pensa, ‘Esse cara teria motivos para tapar o logo da Nike?’ Não me parece que seja algo (de valor) significante para ele.”

Do Advertising Age

Tradução de Isabella Lessa 

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