O trabalho das mulheres no centro de inovação da P&G
Dia 11 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
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Carolina Huertas
10 de fevereiro de 2023 - 16h47
O Centro de Inovação da P&G, localizado na cidade de Louveira, em São Paulo, conta com 58% de cientistas mulheres. O LAIC é um espaço dedicado para Pesquisa & Desenvolvimento do Brasil e de toda a América Latina, e segundo a organização, tem mulheres como protagonistas na inovação por trás de marcas como Pantene, Downy, Gillette, Always, Pampers e Oral-B.
No próximo dia 11 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Contudo, dados da Unesco (2020), indicam que apenas 30% dos cientistas no mundo são mulheres. Com a frente de inovação, a P&G afirma buscar diversidade para o segmento.
“Nós sabemos que não é uma realidade ter muitas mulheres quando vamos buscar a equipe. Muitas mulheres estão indo para outras áreas que não a ciência e vemos uma dificuldade para encontrá-las. Então, fazemos um trabalho desde as faculdades, estamos indo atrás, mas também, naturalmente, elas já vêm para o nosso centro de inovação, cujo time é 58% composto por mulheres. Isso é muito diferente de várias realidades”, afirma Karen Rodrigues, gerente de RH da P&G.
A profissional conta ainda que 55% delas estão em cargos de liderança, o que é uma vantagem. Ela explica também que o boca a boca é muito importante, pois quando elas conhecem alguém que trabalha lá, já sentem que aquele é um ambiente seguro para as mulheres na ciência. “A P&G foi a primeira empresa a ter uma mulher cientista no laboratório e, em 1926, foi contratada a primeira mulher PhD, Elsa Schulze”, revela.
A PhD se tornou líder do próprio departamento e foi responsável por contratar mais 37 cientistas químicas. Além disso, a responsável pela criação das fraldas Pampers foi uma mulher: Norma Becker, que co-liderou o trabalho de desenvolvimento da primeira fralda descartável acessível que chegou ao mercado em 1961.
“Nossa função principal no centro de inovação é entender as necessidades dos consumidores do ponto de vista do que precisa no produto, na embalagem, o que está faltando, o que está bom ou não. Nós fazemos testes de laboratório para ver o desempenho dos nossos produtos e dos da concorrência, porque temos que olhar tudo que acontece no mercado. Levamos para os ajustes e depois mandamos para testes macros na linha”, explica Patrícia Iturriza, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da P&G.
A cientista conta que o processo do centro, desde testes até a saída para a produção, varia da complexidade do que está sendo feito, mas que varia de seis a 18 meses. Patrícia afirma que departamentos como o LAIC é importante para ser a voz do consumidor.
“Não é o marketing pedindo algo que está popular ou o pessoal de finanças pedindo um produtos de maior eficiência. Nosso valor agregado traz esse balanço de ter uma estrutura financeira que faça sentido e uma comunicação que fale com o consumidor, explicando ele, mas temos que garantir que seja bom. A qualidade que vai melhorar mesmo a vida do consumidor, é o nosso papel principal, falamos com diferentes áreas, mas com o consumidor no centro”, conta.
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