Orfeu quer levar Brasil para mercado internacional
Com foco em ESG e arte, Orfeu Cafés Especiais inicia vendas nos Estados Unidos e estuda exportar produto para Canadá e Reino Unido
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Thaís Monteiro
4 de julho de 2023 - 6h00
Fundada em 2005, a Orfeu Cafés Especiais nasceu com o foco em produzir café nacional de qualidade para os brasileiros. Hoje, a empresa quer levar o produto brasileiro para fora do País. Em março deste ano, a marca estreou no mercado norte-americano. A Orfeu Cafés Especiais já visa expansão para Canadá e Reino Unido. Além disso, a empresa trabalha continuamente para se aproximar do mercado de arte e gerar valor em práticas ESG.
Para atender os pedidos dos brasileiros que moram fora do País, a Orfeu Cafés Especiais passou a comercializar seus produtos na Amazon dos Estados Unidos em maio. A escolha pelo e-commerce se deu porque a marca também está presente na Amazon do Brasil. Segundo a Orfeu, entre 2021 e 2022, as vendas na plataforma subiram 200%. “A expectativa é que as vendas pelo site norte-americano cresçam exponencialmente, assim como acontece no Brasil”, declara o diretor de marketing, Fabio Gianetti.
Segundo o executivo, já foi possível observar que estrangeiros também demonstram interesse pelos produtos. O intuito é tomar como base o comportamento de vendas e paladar dos estadunidenses para pensar em uma expansão para o Canadá e Reino Unido. Para a marca, esse é um caminho natural pois são países que apresentam um crescimento acelerado no consumo de cafés especiais.
De acordo com um levantamento realizado pela Federação dos Produtores de Café do Cerrado em 2021, houve um aumento médio anual de 15% no consumo de cafés de qualidade no Brasil. Segundo uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), entre os 1.435 entrevistados, 25% optam pelo café convencional, 8% pelo café extraforte, 11% pelo café superior, 35% pelo café gourmet, enquanto que 21% manifestam preferência pelo café especial.
Atualmente, a Orfeu Cafés Especiais trabalha nas frentes B2C e B2B. No B2C, a empresa atende clientes pelo varejo e e-commerce. A frente representa mais da metade da receita da empresa. Segundo a marca, foi um segmento que cresceu especialmente durante a pandemia.
“Trabalhamos para ter uma ótima exposição nos pontos primários e também incentivamos nossos promotores a buscar oportunidades de pontos extras próximos a produtos complementares”, diz Gianetti.
Já o B2B, que apresentou retração durante a pandemia, voltou a ganhar expressão recentemente. “Não é resultado apenas do retorno dos consumidores às cafeterias e restaurantes, mas também da mudança de comportamento de muitos de seus frequentadores, que em casa, durante a pandemia, qualificaram seu consumo e agora demandam cafés de melhor qualidade em seu consumo fora de casa”, argumenta.
Da mesma forma que o B2C, a empresa busca exposição nos estabelecimentos. Para a empresa, essa é uma estratégia que pode levar consumidores do café no ambiente de cafeteria e restaurantes para compra em B2C.
A Orfeu Cafés Especiais tem se esforçado para cumprir com uma agenda ESG. Para a marca, respeito ao meio ambiente e aos colaboradores é parte fundamental do negócio. Como exemplo, o executivo cita que as fazendas tem 30% de área preservada. Além disso, a empresa emprega energia solar e adubo majoritariamente orgânico.
Quanto aos funcionários, são, ao todo, 300 colaboradores nas fazendas. Parte deles, cerca de 120, vive no espaço com as famílias. Além os benefícios relacionados à CLT, a Orfeu busca oferecer aulas de informática gratuita para a comunidade.
Outro tema que a Orfeu Cafés Especiais busca estar atrelada é a arte. O nome da marca foi inspirado na figura mitológica de Orfeu, conhecido por encantar as pessoas com sua arte.
Desde então, a empresa lança edições especiais relacionadas à arte e cultura, como o microlote comemorativo dos 115 anos da Pinacoteca, o microlote para a SP Arte 2021 — da qual foi o café oficial –, a linha em homenagem ao poeta Vinícius de Moraes elaborada em conjunto com a família do poeta, o microlote em celebração aos 75 anos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e a edição especial em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, com exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro, exibindo obras originais que fizeram parte do evento.
“Através destas atividades, não apenas fortalecemos a ligação de Orfeu com a arte na cabeça dos consumidores, mas também ajudamos a divulgar e valorizar nosso rico cenário cultural, muitas vezes esquecido ou até mesmo nem conhecido por muitos brasileiros. Por isso, é importante que cada uma destas ações traga verdade, profundidade e respeito pelo que está sendo homenageado”, explica o diretor de marketing da Orfeu.
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