Patrocínio faz muçulmano deixar time
Atacante do Newcastle, da Inglaterra, se recusa a usar uniforme com marca de instituição financeira que atua no segmento de empréstimos de curto prazo
Atacante do Newcastle, da Inglaterra, se recusa a usar uniforme com marca de instituição financeira que atua no segmento de empréstimos de curto prazo
Meio & Mensagem
18 de julho de 2013 - 10h16
Diz o ditado que não se discute futebol ou religião, mas será preciso muita conversa para se contornar uma crise envolvendo os dois temas em um dos mais tradicionais clubes do futebol inglês.
Na quarta-feira 17, o senegalês Papiss Demba Cissé decidiu não viajar com o elenco de sua equipe, o Newcastle, para a pré-temporada de treinos que o time fará em Portugal. Adepto do islamismo, o jogador afirma que não vestirá o novo uniforme do clube com a marca da Wonga.com, empresa da área financeira que trabalha com empréstimos de curto prazo. Ele alega que, por princípios religiosos, não pode fazer propaganda de uma instituição que lucra com a cobrança de juros.
Cissé já havia alertado da incompatibilidade na época em que o contrato de patrocínio foi assinado, em outubro do ano passado, no valor de 8 milhões de libras. O atacante propôs jogar com uma faixa cobrindo a marca no uniforme ou com uma camisa especial, estampando a marca de uma instituição de caridade no lugar do logo da Wonga.com. Mas as negociações não avançaram.
O Newcastle conta com outros três jogadores islâmicos no seu elenco, mas eles não se opuseram ao novo patrocinador, ao contrário de Cissé, que agora treina separadamente do restante do grupo.
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