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Ricardo Teixeira deixa a CBF e o COL

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Ricardo Teixeira deixa a CBF e o COL

José Maria Marin, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, assume em seu lugar e trabalhará com o ex-craque Ronaldo na organização da Copa de 2014


12 de abril de 2012 - 3h59

Após 23 anos no comando da entidade máxima do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira anunciou nesta segunda-feira, 12, a renúncia ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. A carta oficializando a decisão foi lida por José Maria Marin, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e até então vice-presidente da confederação, que a partir de agora passa a acumular as duas funções.

A justificativa para a saída de Teixeira é a saúde debilitada (sofre de diverticulite) e a ausência do convívio familiar. No entanto, a decisão tem como pano de fundo as pressões por conta de várias denúncias, a mais recente delas o superfaturamento do amistoso entre Brasil e Portugal, disputado no Distrito Federal, em 2008, e bancado com dinheiro público.

Teixeira já estava licenciado da presidência da CBF desde a semana passada e ainda em 2011 começou a deixar a cena do COL quando indicou o ex-craque Ronaldo para o conselho do comitê, que conta ainda com o ex-atacante Bebeto. Agora o Fenômeno terá que tabelar com Marin para coordenar o projeto da Copa de 2014. Ricardo Teixeira, inclusive, repassará para Marin participação de 0,01% que detém no COL – os demais 99,99% são da CBF.

Aldo Rebelo, Ministro do Esporte, emitiu uma nota oficial sobre a renúncia. O político, que recentemente entrou em choque com Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa e amigo de Teixeira, reafirmou sua determinação de continuar cooperando com a entidade responsável pela organização do Mundial. “Seguiremos trabalhando em harmonia para o êxito das tarefas comuns necessárias ao sucesso do evento”, disse.

Em sua gestão na CBF, Teixeira, ex-genro de João Havelange, colecionou títulos e denúncias. Na sua lista de conquistas estão dois títulos da Copa do Mundo, três da Copa das Confederações e cinco da Copa América. Já na de escândalos estão o Voo da Muamba de 1994, a CPI do futebol de 2001 e a Venda de voto na Fifa em 2011.

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