Shein aumenta preços nos EUA e considera fabricar no Vietnã
Varejista de moda tem crescimentos de venda em março e abril, mas propõe mudança de fabricantes para país "imune" aos impostos
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Meio & Mensagem
17 de abril de 2025 - 8h06
Na quarta-feira, 16, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de 245% na importação de produtos chineses. O governo divulgou a nova taxa tarifária em um documento com o balanço das principais decisões da presidência até o momento, mas não detalhou os cálculos feitos para chegar nesse percentual.
Em 2024, a Shein registrou um aumento de 19% nas vendas, atingindo US$ 38 bilhões (Crédito: Markus Mainka/Shutterstock)
Antes do anúncio, em março, Trump já havia declarado as intenções de taxar as importações chinesas. Em maio, o governo deve encerrar a isenção de imposto para pequenas encomendas de até US$ 800. O público, em preparação para o aumento do valor dos produtos, decidiu aproveitar os últimos momentos sem tarifas adicionais. Plataformas de comércio chinesas, como Shein e Temu, registraram crescimento em vendas em março e abril. Simultaneamente, se planejando para uma possível queda nas vendas, a Shein estuda migrar parte da sua fabricação para o Vietnã.
Em março, a Shein registrou aumento de 29% nas vendas, em comparação com março de 2024. Em abril, o crescimento foi ainda maior: 38% nos primeiros 11 dias do mês. A Temu também obteve índices de crescimento maiores: cerca de 46% em março e 60% no período analisado em abril. Os valores da variação são resultantes de uma análise de dados de transações de cartões pela Bloomberg Second Measure. Antes dos anúncios relativos às tarifas, em fevereiro, ambas as marcas registraram o crescimento mais lento dos últimos doze meses.
Com estratégia consolidada em oferecer produtos acessíveis e com entrega rápida, a Shein se prepara para o cenário. À Reuters, fabricantes e fornecedores chineses que têm relação comercial com a Shein relataram que a empresa está incentivando os parceiros a encontrar formas de transferir a fabricação para o Vietnã desde que Trump assumiu o cargo, com promessas de pedidos mínimos e prazos de entrega mais longos.
As fábricas estão sediadas em vilarejos no sul da China, que tiveram um boom econômico com a parceria com o e-commerce. Segundo tais fabricantes, os pedidos da Shein entraram em declínio quando a empresa empreendeu na iniciativa de levar parte da produção para o Vietnã.
Levar a produção para o Vietnã é uma estratégia para que a empresa continue a exportar mercadorias para os Estados Unidos com impostos menores ou nulos.
À Reuters, a Shein negou tais iniciativas e comunicou que conta com sete mil fornecedores na China. Em 2024, o número era de 5.800. A empresa investe US$ 1,37 bilhão em projetos industriais em seu país de origem. Ao mesmo tempo, a empresa não negou as intenções de levar a produção para o Vietnã.
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