Uma nova marca para o PanAmericano
BTG Pactual conduz processo para rebatizar o ex-banco de Silvio Santos, que teve a sua credibilidade abalada após escândalo descoberto em 2010
BTG Pactual conduz processo para rebatizar o ex-banco de Silvio Santos, que teve a sua credibilidade abalada após escândalo descoberto em 2010
Janaina Langsdorff
13 de fevereiro de 2012 - 8h30
No início dos anos 90, enquanto os “caras-pintadas” ajudavam a consumar o impeachment de Fernando Collor de Melo, o grupo Silvio Santos fundava o banco PanAmericano, que chegou a 2009 com cerca de 2,1 milhões de clientes e uma carteira de crédito de R$ 9,9 bilhões. Mas um ano depois, o Banco Central descobriu uma fraude que alcançaria a cifra de R$ 4,3 bilhões e, em 2011, o banco acabou sendo vendido para o BTG Pactual, numa operação avaliada em R$ 450 milhões.
Do noticiário financeiro para as páginas policiais, o banco PanAmericano perdeu o seu maior patrimônio, um nome confiável. De acordo com informações publicadas na edição dessa segunda-feira, 13, pelo jornal Valor Econômico, o banco de investimentos de André Esteves avalia a possibilidade de rebatizar a instituição financeira pela dificuldade de empenhar o nome do banco, principalmente para captar empréstimos imobiliários voltados para a classe média alta, target da Brazilian Mortgages, financeira comprada em 2011.
Conduzido por José Luiz Acar Pedro, novo presidente do banco, o processo de escolha do novo nome do PanAmericano deve ser concluído nos próximos meses com base em estudos de recall. O principal desafio é descobrir qual foi o impacto do escândalo junto às classes emergentes, alvo do negócio mais importante do banco, a área de financiamento ao consumo. O trabalho leva em consideração a permanência da BM Sua Casa, marca de varejo da Brazilian Mortages, hoje a maior financiadora independente de crédito imobiliário fora do sistema SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que utiliza recursos da poupança.
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