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Como a Record está construindo conteúdo multiplataforma

Emissora aposta em programas que convergem entre televisão e mundo digital, como A Fazenda, para alcançar um público mais diverso


16 de dezembro de 2022 - 12h02

Record chega ao metavreso com A Fazenda (Crédito: Divulgação)

Record chega ao metavreso com A Fazenda (Crédito: Divulgação)

Na noite da última quinta-feira, 15, a Record TV chegou à mais uma final do reality show A Fazenda. A 14ª edição, que consagrou Bárbara Borges como campeã, teve pela primeira vez a sua versão no metaverso, onde os fãs do programa poderiam visitar a sede, com a decoração original. A iniciativa da emissora em levar o ambiente para o universo digital é uma das apostas que estão sendo feitas para aprimorar a presença multiplataforma da Record.

A intensão do grupo é fazer com que a programação ganhe extensões, que complementem os programas tradicionais da grade, chegando a um público mais diverso, que muitas vezes não acompanha somente a TV, mas que está presente em multicanais.

Para isso, a emissora aproveita os caminhos que já tem em mãos. Através do seu portal R7, a Record alavanca notícias sobre a sua programação. Já pelo streaming, PlayPlus, é possível rever reportagens, ou acompanhar desdobramentos de temas apresentados no JR 24 horas, ou no Domingo Espetacular – a revista eletrônica da emissora. Nos realitys, a transmissão de 100% do tempo é uma forma de conectar os fãs do entretenimento com os jogadores, além de iniciativas que são realizadas dentro da sede com foco no ambiente digital, como a “Cabine de Descompressão” comandada por Lucas Selfie.

Multitela nos campos

Em 2022 a Record trouxe de volta para a sua grade o futebol. Com a exibição dos campeonatos Paulista e Carioca, a emissora apostou em um formato multiplataforma para as transmissões, levando o conteúdo para o seu streaming e para o portal R7. As partidas contaram com novidades tecnológicas, como a entrada multitelas durante alguns lances, com câmeras focando nos jogadores, comissão técnica. Para a emissora, essa foi a chance de acompanhar a competição de um modo diferenciado.

“Olhamos o conteúdo e entendemos como ele ia performar. A partir de um estudo percebemos que os comentários de um jogo de futebol são muito intensos no Twitter, por exemplo. O primeiro desafio foi como fazer isso de uma maneira diferente, de trazer essas pessoas que vivem no mundo digital para comentar o nosso jogo”, explica a diretora de conteúdo digital e transmidia da RecordTV, Bia Cioffi. Por esse motivo, Silvio Luiz e os humoristas Carioca e o Bola comandaram as transmissões digitais do Paulistão.

O desafio do jornalismo multitelas

Já na gama do jornalismo, o desafio foi maior. O JR 24h já era um formato bem consolidado e tradicional na televisão. Por isso, o planejamento foi mais cuidadoso. Começou com a transmissão ao vivo das edições no YouTube da emissora e em outras plataformas digitais do canal. Depois, uma parceria com a plataforma de vídeos curtos TikTok levou o conteúdo para as redes sociais. Nesse caso, Bia Cioffi explica que a emissora entendeu que já existia uma demanda dos usuários da plataforma no consumo de notícias, por isso a decisão de chancelar um conteúdo que fosse informativo e seguro.

Por fim, a pandemia causada pela Covid-19 acelerou o processo de criação de um novo desdobramento do jornal da Record. “O apresentador Celso Freitas teve que ficar afastado, em casa, na época, e o público ficou aflito querendo saber o que aconteceu com ele”, diz. Por isso, o jornalista passou a gravar, diariamente, spots em áudio resumindo as notícias do dia, dando origem ao Podcast 15 minutos, que vai ao ar de segunda à sexta-feira.

A importância dos dados

Para que todos esses projetos sejam colocados em pé, a equipe transmídia da Record se baseia em dados. Esse movimento de leitura é importante para entender o que pode dar retorno ou não.

Bia Cioffi explica que existe a preocupação com duas gamas de público: os que já acompanham e os potenciais espectadores. “Temos ideia de incluir um público fiel e um público novo. Depende muito do projeto que estamos falando. Partimos de um produto que já transmitimos e procuramos um grupo com quem temos a possibilidade de penetração”, explica.

Por isso a emissora está atenta ao social listening de cada rede social e plataforma. Dessa forma, a equipe precisa pensar em como gerar as conversas em cada um dos programas e em como a voz do público alimenta cada plataforma.

A diretora de conteúdo digital e transmidia da RecordTV, explica que alcançar um público que vai além do offline já é uma realidade. “Quando os produtos são pensados, já saem com uma extensão multiplataforma. Temos núcleos que pensam como ele vai existir de maneira digital” diz.

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