Assinar

Com Fox, Disney concentra franquias bilionárias

Buscar

Com Fox, Disney concentra franquias bilionárias

Buscar
Publicidade
Mídia

Com Fox, Disney concentra franquias bilionárias

Negócio avaliado em US$ 52,4 bilhões também inclui estúdios de cinema e TV, além de participações no Hulu e na Endemol


14 de dezembro de 2017 - 10h37

Após meses de negociações e idas e vindas, a Disney oficializou a compra de parte dos ativos da 21st Century Fox. O negócio avaliado em US$ 52,4 bilhões inclui estúdios de cinema e TV, redes de entretenimento e cabo, além de algumas subsidiárias no exterior. Na semana passada, a Comcast também tentou negociar os ativos da Fox, mas anunciou sua desistência do processo.

 

Robert Iger, CEO da Disney

“A aquisição reflete a crescente demanda dos consumidores por diversidade de experiências de entretenimento que são mais convincentes, acessíveis e convenientes do que nunca”, disse Robert Iger, CEO da Disney, em comunicado. “Estamos honrados e gratos de que Rupert Murdoch nos confiou o futuro de suas empresas e estamos entusiasmados com essa extraordinária oportunidade de aumentar significativamente o nosso portfólio de franquias”, completou.

Com o negócio, a Disney, que já é dona da Marvel e da franquia Star Wars, passa a ter controle sobre X-Men, Avatar, SimpsonsQuarteto Fantástico e Deadpool. Somente a bilheteria de Deadpool, em 2016, rendeu US$ 783,1 milhões. A Disney também adquiriu a FX Networks e a National Geographic e 30% do serviço de streaming Hulu e 50% da Endemol. A Fox News, Fox Broadcast Network e Fox Sports 1 não entram no acordo. Com o aumento de participação no Hulu, a Disney passa a ter 60%, a Comcast 30% e a Time Warner 10%.

Outro ponto importante do negócio é o potencial de licenciamento dos personagens da Fox que é estratégico para o novo momento da Disney de distribuir seu próprio conteúdo. Em agosto deste ano, a empresa anunciou o fim da parceria com a Netflix para criar sua própria plataforma de streaming a partir de 2019.

O movimento da Disney em desenvolver sua própria plataforma de distribuição remete a outro movimento: a autonomia na produção de conteúdo próprio. “O maior interesse da Disney é aumentar suas chances de ganhos. Hoje, ela apenas comercializa seus conteúdos e a ideia agora é que também possa faturar com a distribuição”, observa Marcos Facó, diretor de comunicação e marketing da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Boa notícia para os fãs

Marcelo Forlani, sócio-fundador e diretor criativo do Omelete Group, explica que a compra de parte da Fox pela Disney é a união de todos os grandes personagens do Universo Marvel de volta para a Marvel, sob o guarda-chuva da Disney. “Hoje, a Marvel está com Marvel Studios dentro da Disney, mas tem algumas franquias, como Quarteto-Fantástico e X-Men, que estão embaixo da Fox. Deadpool, uma das maiores bilheterias do ano passado, é outro exemplo disso.”

Segundo Forlani, a concorrente DC tentou criar esse tipo de universo, onde Mulher-Maravilha, Batman e Super-Homem existem e trabalham um com o outro, mas esse sistema não funcionou muito. “Já a Marvel sabe amarrar isso muito bem, com Kevin Feige, que é um maestro de todo esse Universo Marvel nos cinemas. Isso porque ele entende muito de quadrinhos e sabe como costurar todos os heróis com todas as franquias”, assinala.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Globo tem 16 marcas nas transmissões da Copa do Mundo de Clubes

    Globo tem 16 marcas nas transmissões da Copa do Mundo de Clubes

    Empresa de mídia fechou 22 cotas para as exibições na TV aberta e por assinatura de todas as partidas do torneio

  • Google seleciona veículos brasileiros para jornada de IA

    Google seleciona veículos brasileiros para jornada de IA

    Meio & Mensagem está entre os veículos selecionados que participarão de sessões ao vivo, mentorias e avaliação da FT Strategies