Yahoo decide acabar com o app Livestand

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28 de maio de 2012 - 4h20

O Yahoo bem que tentou. Mas, aparentemente, os esforços ou são tardios ou não têm sido suficientes para reagir aos constantes solavancos a que a empresa é submetida, entre os quais a troca sucessiva de presidentes em tempo recorde. A despeito de ainda ser um dos maiores portais do mundo – é o primeiro em acesso nos EUA -, algumas estratégias do Yahoo têm se revelado, conforme os críticos, em reações tardias.

É o caso da banca virtual Livestand, aplicativo específico desenvolvido para o iPad. O Yahoo acaba de anunciar que o projeto está descontinuado. “Ao descontinuarmos produtos, será possível focar em oportunidades nas quais podemos criar experiências mais significativas para as pessoas, parceiros, colaboradores e anunciantes. E uma das primeiras decisões nesse sentido é suspender a banca digital personalizada, o Livestand”, anunciou em comunicado a equipe da agora extinta banca do Yahoo.

A nota não explica exatamente porque o Livestand foi cancelado. Apenas destaca que as ideias usadas durante a concepção e desenvolvimento da banca virtual serão aplicadas para outros produtos “mais alinhados com o Yahoo na estratégia móvel global”. A equipe do Livestand também assinala que não importa se o usuário tem um smartphone ou tablet equipado com iOS, Android ou com outros navegadores móveis. “Caminhamos para uma época em que as pessoas usarão a internet por meio de dispositivos conectados como celulares, tablets, smart TVs e consoles”. E, no que poderia ser uma justificativa, afirma que poderá criar algo mais fácil de usar nas futuras propriedades de mídia, sobre a linguagem HTML5 (superior, segundo especialistas, a concorrentes como o Flash, da Adobe; ao Silverlight, da Microsoft; e ao JavaFX, da Oracle).

Não importa a justificativa do Yahoo. O Livestand foi criado e lançado com grande estardalhaço para concorrer com apps similares como o Zite (adquirido pela CNN) e o Flipboard. Além de não conseguir fazer frente nessa área, o Yahoo briga em outras verdadeiras frentes de guerra para se manter como a potente empresa de internet que foi no seu início. E sem precisar vender partes como a participação no chinês Alibaba ou encerrar serviços e produtos.