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6 de novembro de 2018 - 7h21
Por Marcelo Pardo (*)
Durante muitos anos as empresas gerenciaram desktops e dispositivos móveis de forma totalmente separada, tendo, inclusive, equipes diferentes. Com a transformação digital, esse cenário está mudando e impactando na dinâmica dos negócios, tanto em termos de gestão quanto de experiência do usuário.
Até mesmo as análises de mercado do Gartner sofreram alterações. Em junho deste ano, a consultoria encerrou o Quadrante Mágico de Enterprise Mobility Management (EMM) e lançou um focado em Unified Endpoint Management (UEM). O novo estudo acompanha a evolução do mercado, que conta com uma convergência cada vez maior entre os dispositivos usados pelos colaboradores, sejam eles smartphones, notebooks ou desktops e ainda máquinas virtuais.
Atualmente, ainda existem dois mundos completamente diferentes em várias organizações: equipes, sistemas de gestão e conceitos técnicos separados. Porém, os usuários não se importam mais com qual dispositivo vão acessar uma aplicação nem como irão acessá-la. O mais relevante para eles é ter a mesma experiência independentemente do dispositivo e de onde a aplicação está hospedada – na nuvem ou on-premisse – sem necessidade de autenticação.
Esse era um grande desafio para as empresas, mas com a gestão unificada tudo ficará mais fácil para ambos os lados – os usuários e as áreas de TI. As novas suítes permitem a gestão moderna e viabilizam a entrega de aplicações ao usuário com a mesma experiência no dispositivo que eles preferirem. Além disso, facilitam o acesso a todos os sistemas com uma única autenticação automática, ou single sign-on, aprimorando, inclusive, a produtividade do funcionário.
Essa tendência garante mais do que uma experiência única e simples ao usuário, facilita também a rotina da área de TI, que passa a fazer uma gestão de todos os dispositivos em uma única plataforma ao invés de depender de três, quatro ou mais ferramentas. No entanto, o prazo para adoção de uma solução de gestão moderna é curto: em menos de três anos não haverá mais suporte ao Windows 7, por exemplo.
Para que a adaptação seja feita de melhor forma possível, as organizações devem buscar soluções que entreguem mais do que uma gestão centralizada dos dispositivos. É importante adotar tecnologias capazes de oferecer inteligência ao processo, garantindo o controle de acessos e a atualização das aplicações, mas também a usabilidade e a performance delas, além de fazer análises preditivas para garantir, sempre, uma ótima experiência.
Isso porque a usabilidade dos aplicativos não depende apenas da conectividade do usuário. Em muitos casos se deve à uma performance ruim da aplicação em si e muitas organizações nem sabem disso. Com essa tecnologia, já é possível identificar onde estão os gaps de performance, em que telas o aplicativo costuma cair ou demora para responder, ou se há latência na rede. Além disso, é possível monitorar todas as etapas de funcionamento e, com base nos dados, criar indicadores de performance e fazer análise preditiva.
Sem uma solução dessas é quase impossível saber se há um problema com a aplicação e a demora para diagnosticar e agir, gera insatisfação ao usuário final. A velocidade cada vez mais relevante para as organizações, pois além dos problemas impactarem diretamente na sua imagem, podem levar a migração do cliente para a concorrência.
Mais do que adotar novas tecnologias, as empresas precisam mudar a sua visão estratégica para atender ao que é relevante para os clientes e colaboradores. E a experiência dos usuários é um dos requisitos mais importantes para eles hoje em dia. Por isso, contar com soluções que oferecem uma experiência única ao usuário e permitam uma gestão de todos endpoints unificada, com acesso simplificado e coleta de informações sobre o uso e performance das aplicações é fundamental para levar o nível atual a outro patamar e entregar aos usuários a melhor experiência possível.
(*) Marcelo Pardo é responsável pela área de engenharia de soluções de End User Computing da VMware na América Latina