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30 de junho de 2020 - 7h50
Por Patryck de Oliveira (*)
O conceito de inovação está associado com a criação de novos produtos, processos ou serviços para que organizações tornem-se capazes de gerar riqueza e, assim, estarem à frente de seus concorrentes. Em tempos de pandemia e incertezas sobre o que virá pela frente, esse conceito deve estar presente na pauta corporativa, pois há a necessidade em revisitar suas estratégias para se manterem relevantes no mercado e se prepararem para as oportunidades em um mundo pós-pandemia. Estamos em um momento de muita instabilidade, mas sabemos que mudanças ocorrerão — para alguns com mais intensidade e para outros nem tanto. Isso certamente implicará em alterações nos processos produtivos, isto é, a forma como se trabalha e produz alguma coisa.
Grande parte das organizações já se encontra, de alguma forma, em uma jornada de inovação, pois vivemos em uma época em que o mercado é formado, em boa medida, por pessoas que nasceram e cresceram imersas na linguagem digital. Neste sentido, é natural que essas pessoas queiram estabelecer um diálogo digitalizado com as organizações. Além disso, o distanciamento social gerado pela pandemia tem acelerado esse processo de transformação, à medida que a relação com as organizações tem sido cada vez mais mediada por dispositivos móveis e computadores. Por essa razão, a busca pela chamada transformação digital está em fase de aceleração e passou a integrar as prioridades de todas as organizações. Mais do que nunca, é necessário entender o mercado e suas estratégias, para poder dialogar e competir nesse novo ambiente, onde os consumidores estão imersos na cultura digital.
A forma de interação com novas soluções e a entrega de novas experiências de consumo passam por estar conectado com todo o ecossistema de relacionamento organizacional – colaboradores, parceiros, e consumidores. Um ambiente propício à geração de inovação implica em ações de líderes que a promovam, garantindo que os conceitos e estratégias de inovação sejam assimilados por todos. Autor de obras sobre gestão empresarial, Luis Augusto Lobão Mendes argumenta que essas ações possivelmente provocarão a “contaminação” da cultura organizacional pelo “vírus” da inovação.
Analistas de mercado preveem que todas as organizações sofrerão impactos significativos causados pela transformação digital. São observados, porém, fatores em comum de sucesso nessa jornada. Estas organizações têm operações significativamente mais eficazes do que seus concorrentes:
- Possuem um portfólio de produtos e serviços digitais acessíveis nos diversos canais de entrega de seus negócios
- Utilizam os dados de maneira eficiente e os analisam em tempo real, aplicando IA e Machine Learning para suportar tomadas de decisão e melhorar o rendimento da linha de produção
- Entregam experiências mais atraentes para seus produtos e serviços, sejam voltados para consumidores ou parceiros de negócios
- Modernizam os sistemas legados e investem em novas plataformas de tecnologia
Inovar rumo ao digital é parte de uma reflexão sobre o mercado de hoje para se manter competitivo e relevante no futuro. Portanto, é crucial que as organizações iniciem e/ou progridam sua transição para a transformação digital. Com os disruptores digitais se transformando em muitos setores, o sucesso chegará às empresas que garantem que sua força de trabalho seja qualificada e que possuam as melhores ferramentas nas práticas da era digital.
(*) Patryck de Oliveira é Consultor de Pré-Vendas da TIBCO Software