ProXXIma e Eduardo Prange
21 de novembro de 2019 - 7h21
Por Eduardo Prange (*)
A mudança é certa em qualquer esfera da vida. Adaptar-se a uma nova rotina, aprender a usar uma tecnologia no trabalho, abraçar uma nova recente oportunidade de negócio. Todas essas transformações são necessárias para a evolução das pessoas e empresas e, nesse contexto, quem está em busca de um espaço no mercado, precisa se munir com as melhores ferramentas. Entre elas, está a inteligência de mercado.
Existem exemplos de organizações que saíram do padrão, inovaram e traçaram o melhor caminho para o sucesso usando muito deste recurso. O Spotify, por exemplo, modificou radicalmente o modo como as pessoas ouvem músicas e programas gravados. Hoje, elas precisam apenas baixar o app e ouvir suas playlists e podcasts a qualquer hora, em qualquer lugar. Mas, para chegar a este nível de disrupção e realmente conquistar o público, a inteligência por trás dos dados foi ponto chave, principalmente, no momento de aprender com os usuários e oferecer sugestões de áudios relacionados aos seus gostos.
Além deste caso, o Youtube entra como um dos precursores da metamorfose de comportamentos. Com estratégias bem planejadas e executadas de forma certeira, a plataforma teve o sucesso de identificar no mercado a vontade das pessoas de produzirem seus próprios vídeos. Dessa maneira, a marca reconheceu uma oportunidade de distinção das companhias já existentes no meio.
Porém, tais insights revolucionários não vieram da noite para o dia. Muito pelo contrário, foram construídos em cima de bases sólidas de informações do segmento de interesse. Isso significa que a análise minuciosa dos ambientes trouxe benefícios para o processo de construção dessas marcas. E mesmo que, hoje, falar das grandes organizações seja fácil, não podemos esquecer que elas também já foram apenas ideias no papel, assim como as do seu negócio.
Ao relacionar a palavra inteligência com o mundo dos negócios, os conceitos encontrados por aí são diversos. Nessa perspectiva, a inteligência de mercado aborda temas como análise dos concorrentes, perfil do público-alvo, melhores maneiras de executar as vendas, entre outras, e é interessante perceber e questionar-se sobre os desafios de colocá-la prática.
No entanto, mesmo com as distintas definições, é possível tirar um ponto em comum entre elas: a inovação. Independente do mercado, ela é a chave para o funcionamento inteligente das organizações, e isso se dá principalmente pelas mudanças constantes em todos os setores da economia.
Ninguém quer ficar para trás. Assim, não importa qual o segmento, os objetivos de um negócio sempre serão focados em conquistar o máximo de clientes e de influência mercadológica. O que décadas atrás considerávamos setores sólidos e estáveis, atualmente, enfrentam problemas com novos concorrentes. Para exemplificar, podemos citar o surgimento dos aplicativos de mobilidade urbana, como o Uber, abalando o modelo antigo e consolidado de trabalho dos táxis.
Nesse cenário, a inovação acaba sendo a única forma de manter produtos e serviços competitivos no mercado. E o marketing precisou se reinventar. O caminho foi usar recursos vigentes da era digital. Ou seja, inovar por intermédio dos dados que, assim como a inteligência de mercado, funcionam como a grande porta de entrada para quem deseja se diferenciar da concorrência.
O uso de dados propicia um melhor conhecimento, tanto sobre o próprio negócio quanto sobre outras empresas, e o benefício principal se dá no monitoramento de contextos e cenários de forma muito particular. O que isso quer dizer? Que fazendo uma análise de todas as informações disponíveis, a organização pode definir seus próprios critérios de observação do mercado.
Além disso, há sempre oportunidades dando sopa por aí na espera que alguém as encontre. E essa pessoa pode ser você! No mesmo pensamento, por meio de análises, é possível identificar os erros recorrentes – particulares e alheios – da sua área de atuação. Dessa forma, fica muito mais fácil montar campanhas que impactam diretamente os consumidores. Os dados, portanto, entram como motor de propulsão para adquirir novas formas de exercer as ações necessárias para vencer a concorrência, isso porque o tempo do achismo passou.
Com tantas opções e caminhos a seguir, apostar em insights sem provas e indícios é dar um tiro no escuro. Assim, implementando avanços digitais e tendo os dados como parceiros de inteligência, aos poucos vai se construindo uma cultura interna que conversa com as constantes modificações de paradigma do mercado.
Um exemplo são os consumidores que, hoje, antes de qualquer coisa procuram por boas experiências. Segundo o relatório State of Connected Customer 2018, relatório divulgado pela Salesforce – empresa americana de software on demand, 89% dos clientes brasileiros consideram a experiência com uma empresa mais importante do que os produtos e serviços oferecidos. E isso significa que o processo inovador que tomou conta do mercado também aumentou as exigências dos compradores.
Antes, era aceitável comprar algo de menor qualidade pelo menor preço. Mas, agora, o que se espera são produtos e serviços excelentes e baixo custo. Esse fenômeno é mais perceptível em algumas áreas, como o campo cinematográfico, em que os serviços de streaming ofereceram novas maneiras de consumo.
Desse modo, é interessante perceber a força que o uso de dados exerce sobre o desenvolvimento e resultados obtidos nos negócios. Assim como é importante entender que analisar contextos e cenários, usando informações precisas para isso, já não é mais um diferencial, funcionando como elemento básico nas empresas. Por isso, investir nesse campo deve trazer bons frutos para a marca também.
Para potencializar os efeitos, apostar em uma plataforma Data Driven é o primeiro passo! Para tornar essa estratégia mais assertiva, procure a melhor ferramenta para os seus objetivos de negócio.
(*) Eduardo Prange é CEO da Zeeng – Data Driven Platform, e atua com Marketing Digital há mais de doze anos, com participação em mais de cem projetos relacionados ao tema.