12 de dezembro de 2014 - 4h25
Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, reforçou sua visão de que o acesso à rede deve ser reconhecido como direito humano. O discurso foi realizado na quinta-feira, 11, durante o lançamento de um estudo da Fundação World Wide Web (WWW) sobre o impacto global da internet.
Um dos principais pontos abordados pela pesquisa é a enorme quantidade de pessoas que ainda não possuem acesso à internet: quase 4,4 bilhões. A entidade também avaliou o uso da rede para o progresso social, político e econômico em 86 países. O Brasil ocupa o 33º lugar, atrás de Chile (24º), Uruguai (27º) e Argentina (31º).
Outro ponto ressaltado por Berners-Lee também foi a questão da privacidade. Segundo ele, os pacotes de internet devem ser distribuídos sem discriminações políticas ou comerciais, e devem proteger a privacidade e liberdade dos usuários independentemente de onde vivam.
Em mais de 84% dos países pesquisados pela fundação, as leis de investigação em massa online são ineficazes ou não existem. Quase metade (40%) das nações bloqueia conteúdo na rede em um grau considerado moderado ou extremo.
Veja o estudo na íntegra aqui. Há, inclusive, um capítulo de casos específicos que aborda o cenário da aprovação do Marco Civil da Internet no Brasil.