Nova ferramenta online avalia comerciais

11 de agosto de 2014 - 3h51

POR ALEXANDRE ZAGHI LEMOS
Do Meio & Mensagem

Após seis meses de trabalho conjunto, o Contplay e o Ibope Inteligência lançam a ferramenta AdScore, para pós-teste de filmes publicitários, que começa a ser apresentada neste mês a anunciantes e agências.

Prometendo agilidade e preços acessíveis, a novidade usa a base de 300 mil internautas, espalhados por mais de duas­ mil cidades brasileiras, cadastrados no Contplay, serviço online lançado em março do ano passado pelo fundo Evolution do CEO Pedro Cabral (ex-Isobar). Os usuários, que já participam de um programa de pontos ganhos ao assistirem a comerciais que podem ser trocados posteriormente por produtos e serviços, são convidados a responder uma pesquisa de sete perguntas ao final da exibição. Os que aceitam, aumentam sua pontuação.

Segundo Cabral, para fechar a nota final de um comercial avaliado pelo AdScore­ é necessário a adesão de cerca de 200 usuários avaliadores, o que pode levar de um a três dias. Sua experiência mostra que de cada dez usuários que assistem a um filme, um aceita avaliá-lo.

Silvia Cervellini, diretora executiva de negócios do Ibope Inteligência, acrescenta que a pesquisa é respondida em média em um minuto e questiona se o expectador gostou, entendeu, acreditou, ficou com desejo de consumir e se recomendaria ou compartilharia.

“Mantemos sempre as mesmas perguntas, para possibilitar a comparação entre os comerciais, com a possibilidade de o contratante acrescentar questões customizadas, que geram custos extras”, detalha. “A pesquisa poderá dar dicas de pontos que podem ensejar correção na própria campanha ou nas próximas ações do anunciante”, complementa Cabral. Como o Contplay já conhece o perfil de seus usuários, é possível segmentar o resultado por faixa etária, gênero e nível de escolaridade, por exemplo.

Nas fases de testes, o AdScore já avaliou cerca de 200 comerciais, cuja nota média geral foi de 65 pontos em uma escala de 0 a 100. A média sobe em setores como automobilístico e de entretenimento (67) e cai na publicidade governamental (59), por exemplo. “Esse banco de dados é importante para comparar os filmes que serão avaliados daqui em diante com a média de seu segmento de mercado”, frisa Cabral.