Assinar

Para aumentar tráfego, UOL automatiza compra de mídia

Buscar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

Para aumentar tráfego, UOL automatiza compra de mídia

Buscar
Publicidade

Notícias

Para aumentar tráfego, UOL automatiza compra de mídia

Beneficiados são produtos do maior portal do Brasil como PagSeguro, TodaOferta, UOL Host e Shopping UOL


13 de outubro de 2014 - 10h27

POR FERNANDA BOTTONI

Toda compra de mídia realizada pelo UOL, hoje, é feita de forma programática. Quem garante é Ricardo Dutra, diretor de marketing do portal, que não faz segredo dos benefícios dessa automatização. "Com ela, tivemos um ganho de escala, produtividade, volume e rentabilidade entre 5% e 25%, dependendo do produto", relata. "Foi um sucesso."

Ele conta que essa história começou em 2007, quando o portal percebeu que era preciso diversificar os negócios para avançar. "Lançamos uma série de produtos e serviços, como PagSeguro, TodaOferta e Shopping UOL", lembra. A questão, na época, era que não bastava ter produtos variados sem ter tráfego para abastecê-los. "Precisávamos dar visibilidade para esses produtos e a publicidade que fazíamos no UOL não era suficiente", afirma. Foi necessário, então, navegar em mar aberto, além do próprio portal, em busca de tráfego.

A equipe foi à luta, então, e começou a utilizar sistemas internos de medição para acompanhar as atividades dos usuários e alocar seus investimentos da melhor forma possível. "Começamos a ver quanto tempo o usuário ficava no UOL, quem produto comprava e quanto tempo levava para voltar e comprar novamente", explica Farias.

A análise dos dados – até então manual – determinava, por exemplo, a quantidade de palavras-chave que poderia ser comprada e também o valor que deveria ser pago por elas. "Não é à toa que aqui no marketing nós temos equipe com formação em Exatas; eu mesmo sou engenheiro", diz Dutra.

Com essa experiência, o executivo logo percebeu outra necessidade. "Não poderíamos depender de intervenção manual se quiséssemos ter escala", diz ele. E Raphael Farias, gerente geral de marketing online do UOL, completa: "Em negócios pequenos, é aceitável um ajuste com delay de horas ou dias, mas, no nosso caso, não fazia sentido porque perderíamos muito tempo."

Em 2010, então, os exatos do markerting começaram a utilizar ferramentas de Bid Management para comprar palavras-chave em leilão de forma automatizada. "A ferramenta vai aprendendo com os resultados e, por isso, nós tivemos bastante sucesso nessa empreitada, principalmente com a aquisição de tráfego nos buscadores", diz Dutra. "Sabíamos que era preciso pensar de forma escalonável e fizemos a lição de casa bem feita."

Um ano depois, eles passaram a utilizar a Adobe AdLens, plataforma de compra de mídia em tempo-real, ou DSP (Demand Side Platform), que trabalha de forma centralizada a compra de mídia em search, display e social. "Precisávamos de uma ferramenta que fosse integrada com nossas soluções internas", diz Farias.

Na plataforma, são estipuladas as regras, como o custo máximo de determinada palavra-chave para cada buscador. "Foi isso que nos permitiu alcançar o ganho de 5% a 25% no período, dependendo do produto", explica Dutra.

Ou seja, se antes era preciso investir R$ 100 (hipoteticamente falando, claro) para atrair um cliente para um dos produtos do UOL, hoje é possível fazer isso investindo R$ 95 em alguns casos e R$ 75 em outros. "E não fazemos só buscadores, mas também displays e Twitter porque compramos mídia onde houver um internauta que possa nos interessar", diz Dutra.

De forma resumida, isso significa que o marketing do UOL colocou máquinas no lugar de pessoas para fazer a otimização da compra de mídia. "Uma pessoa, por melhor que fosse, levaria um tempo para analisar todos os dados, colocar no Excel e tudo o mais, enquanto a ferramenta faz isso em tempo real, vai abaixando e subindo os valores de acordo com os resultados", diz Dutra. "Sem contar que as pessoas saem para almoçar, tiram férias, e a máquina não, ela analisa e aprende com os resultados sem parar."

Por outro lado, quem passava o dia olhando planilhas, agora pilota essas máquinas e estipula os seus parâmetros. "A pessoa pode, agora, se focar em avaliar quando uma verba de R$ 100 é suficiente e quando é preciso investir mais, se há demanda para R$ 10 mil, por exemplo", explica Dutra. "Ela deixou de cuidar do operacional para pensar na estratégia."

Para Dutra e Farias, a automação é um caminho sem volta. Eles também concordam que, embora muita coisa tenha sido feita, ainda há, claro, pontos que podem ser melhorados. "Não sei dizer, por exemplo, se estamos tirando o máximo possível das redes sociais", diz Dutra. O próximo desafio do marketing, para ele, é o mobile. "Não dá para pensar apenas no desktop quando smartphones e tablets são mais e mais vendidos." Mas essa já é outra história.

Publicidade

Compartilhe

Veja também