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Porque as mochilas destronaram as pastas

Praticidade para lidar com aparelhos móveis move a preferência dos profissionais na hora de escolher como irão carregar seus acessórios cotidianos


24 de julho de 2014 - 8h57

Por Ashley Rodrigues, do Advertising Age

Dave Daines, 34 anos, recentemente dispensou sua pasta de couro em troca de uma mochila. O planejador, que passa 25% de seu tempo viajando, disse que a principal motivação para a mudança foi a funcionalidade. "Cansei de ter essa ‘bolsa para homens’, uma mala no estilo mensageiro, pendurada sobre meu ombro enquanto passo por barreiras de segurança e alfândegas em aeroportos", disse Daines, que tem agora uma mochila Herschel para o dia a dia e um modelo expansível da Incase para usar em suas viagens. "Esta mochila é o meu espaço de trabalho portátil e, ao mesmo tempo, minha mala de roupas para quando durmo fora."

Daines é apenas um dentre o crescente número de executivos que têm optado por bolsas parecidas com as que usavam no colégio em vez das tradicionais pastas – que já foram consideradas um símbolo de profissionalismo. A principal razão para o aumento da popularidade das mochilas em ambientes corporativos é a versatilidade dos novos modelos, que os tornam altamente atraentes nessa era digital em que é preciso estar sempre com as mãos livres para se poder acionar os mais diversos aparelhos.

Nos Estados Unidos, até o mês de maio, as vendas de mochilas para maiores de 18 anos subiram 33%, em comparação com mesmo período no ano anterior. De acordo com informações de estudo do NPD Group, as vendas entre as mulheres cresceram 48% e alcançaram US$ 311 milhões; entre os homens, a alta foi de 23%, para um montante de US$ 385 milhões.

Com tantos acessórios tecnológicos à disposição, os profissionais que usam esses itens demandam rapidez e praticidade para acessá-los a qualquer momento. Em vez de enfiar seus smartphones, tablets e laptops de qualquer jeito em uma pasta, eles estão preferindo as mochilas.

Marcas como Tumi, um fabricante de malas de alta qualidade, notaram as mudanças e adaptaram suas linhas de produtos para servir melhor às novas necessidades dos consumidores. A coleção para executivos da Tumi agora apresenta um número variado de mochilas para uso profissional – a mais bem-sucedida categoria da marca em termos de crescimento nos últimos quatro anos.

"Consumidores querem que suas bolsas façam mais por eles", afirma Alan Krantzler, executivo-chefe de merchandising da Tumi. "Uma mochila é mais versátil. Você pode colocar um laptop dentro e, junto, as suas roupas para se exercitar, se quiser."

A Herschel, por sua vez, foi criada em 2009. A marca tem mochilhas com ótimo acabamento em grande variedade de tamanhos e estilos, permitindo que as pessoas carreguem tudo o que precisem e continuem com um estilo profissional. O foco está nos consumidores mais jovens. "As pessoas se sentem atraídas por produtos que sejam utilitários e modernos, mas que tenham um visual clássico", afirma Mikey Scott, diretor global de marketing da Herschel.

Outras marcas mais tradicionais de mochilas, como Eastpack e JanSport, também lançaram linhas concebidas para o uso profissional. As peças possuem bolsos com organizadores de fios, capas para laptop e compartimentos para itens diversos. Muitos dos modelos são casuais, mas sóbrios.

"As mochilas que estão sendo usadas agora não envergonham seus donos caso entrem com elas em uma sala de reunião ou um encontro de trabalho", defende Daines. "Não encaro o fato de carregar uma mochila como algo menos formal do que uma bolsa no estilo mensageiro ou uma pasta".

A luz no fundo das pastas
Mas, calma: ainda não feche a tampa do caixão das pastas de trabalho. Nem todo ambiente de trabalho é compatível com uma mochila. "Uma mochila me faria parecer uma piada", diz Richard Myrlak, um corretor de imóveis de 26 anos, que afirma não abrir mão de sua pasta de couro. Para esses profissionais, que gostam de causar uma boa impressão em reuniões, apresentações e eventos, as pastas continuam em alta. Mas mesmo eles já foram envolvidos por modelos mais contemporâneos, mais casuais e feitos com materiais mais leves, ao mesmo tempo que já apresentam mais bolsos para carregar aparelhos eletrônicos.

"Executivos estão carregando essas malas todo dia, toda noite, e mesmo aos finais de semana", avalia Kevin Korney, gerente sênior da divisão de merchandise para a Fossil Lifestyle, onde as pastas de trabalho seguem como o iten mais vendido. "É preciso que as peças se adaptem ao estilo de vida dos consumidores, e não apenas à cultura corporativa."  

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