Abap reclama de promocionais no Cenp
Publicidade infantil e Condecine também estiveram na pauta da primeira reunião nacional da entidade, que inaugurou road show por V Congresso
Publicidade infantil e Condecine também estiveram na pauta da primeira reunião nacional da entidade, que inaugurou road show por V Congresso
Felipe Turlao
5 de abril de 2012 - 3h28
Boa parte da primeira reunião nacional de 2012 da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap), realizada na semana passada em Recife, foi dedicada a reclamações sobre o credenciamento de agências promocionais pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp). Entre 50 e 60 agências de promoção estariam credenciadas, o que lhes concede o direito de comprar mídia dentro de uma categoria chamada de “ações especiais” — na prática, a publicidade que divulga a promoção.
Ocorre que, na análise de filiados à Abap, algumas promocionais estariam extrapolando o direito, comprando mídia para outras ações e contanto com vistas grossas de veículos, especialmente fora de São Paulo e do Rio de Janeiro. O que a Abap quer é que o Cenp fique atento para conceder o direito de comprar mídia apenas às agências promocionais que realmente se enquadrarem no perfil full service.
Outros temas que dominaram as discussões foram publicidade infantil e as novas regras da Condecine. Como maneira de entrar nas discussões sobre o primeiro tema, a entidade lançou o movimento Somos Todos Responsáveis (veja aqui), que pretende debater a publicidade infantil sob o ponto de vista da liberdade de expressão.
O site traz depoimentos de profissionais do mercado, como Roberto Duailibi, e outras personalidades afeitas ao tema, como o cartunista Maurício de Souza. “Queremos abrir um debate maduro e contrário à proibição simples e pura da propaganda para crianças. Hoje, as possibilidades de interação delas com mensagens publicitárias estão em todos os lugares, desde um ponto de ônibus até a internet, por isso, tutelar a sociedade não é o caminho. Precisamos sim promover a evolução do conteúdo para o público infantil”, defende Luiz Lara, presidente da Abap.
Outro argumento é que o fim da propaganda em programas infantis inviabiliza a produção de conteúdo para este público. Nos últimos anos, algumas ONGs, como o Instituto Alana, têm se posicionado a favor do fim da publicidade infantil.
Sobre a Condecine, Lara afirma que uma das necessidades das agências é a ampliação do número de versões de um mesmo comerciais sob a mesma taxa.
Além do encontro nacional, a Abap deu início a uma série de road shows promocionais do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, que está agendado para 28 a 30 de maio em São Paulo. A intenção do evento, que irá percorrer diversos estados brasileiros, é atrair profissionais e executivos do mercado publicitário para o congresso. O executivo Queiroz Filho, presidente da Ampla, e vice-presidente nacional da Abap, acredita que o estado deve marcar presença em São Paulo com uma delegação de aproximadamente 100 profissionais do mercado.
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