Gillette absolvida por ?quero ver raspar?
Conar arquivou, por unanimidade, processo instaurado depois de mais de 50 reclamações
Conar arquivou, por unanimidade, processo instaurado depois de mais de 50 reclamações
Meio & Mensagem
18 de abril de 2013 - 6h22
Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira 18, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitário (Conar) arquivou por unanimidade de votos o processo que analisava possível desvio ético na campanha “Quero ver raspar”, da Africa para Gillette, veiculada no Carnaval deste ano.
Protagonizada pela humorista Sabrina Sato, as gêmeas Bia e Bianca (famosas pelo desempenho no nado sincronizado) e com participação do cantor sul-coreano Psy, a propaganda com forte potencial de viralização estimulava rapazes a se depilarem usando o aparelho de barbear da marca pertencente à P&G. Mais de cinquenta consumidores denunciaram a campanha ao órgão, com acusações tão severas quanto: preconceito, discriminação estética, discriminação sexual, bullying, imposição de padrão de beleza, ofensa ao homem e à masculinidade, atentado à liberdade de gênero e incitação de violência contra homens peludos.
Entenda o surgimento da polêmica, logo após o Carnaval
Em sua defesa, Africa e P&G afirmaram que a campanha “apela para o bom humor, e o uso de humoristas na propaganda reforça o tom do filme”, além de considerar que “não há nenhum tipo de ofensa” na peça. No entender do relator do processo, a polêmica está ligada a “algo ligado ao gosto estético”, tema que não cabe ao órgão julgar. “O comercial não afronta o código do Conar”, concluiu.
A decisão, embora dê ao anunciante a chance de continuar exibindo o comercial, não deve levá-lo de volta ao ar. No calor da polêmica, em fevereiro, a P&G afirmou se tratar de uma ação restrita ao Carnaval – e que não havia intenção de uso do comercial em ocasiões futuras.
Na mesma reunião, outros 20 processos foram objeto de análise dos conselheiros.
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