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Comunicação

Pesquisa indica internet como ambiente favorável à maconha

Estudo realizado pela nova/sb aponta que 81,9% das menções são favoráveis à legalização. Apesar disso, Datafolha indica que sociedade reprova a medida


25 de maio de 2018 - 16h09

Estudo indica que 72% das menções na rede eram favoráveis ao uso (crédito: UrosPoteko/iStock)

Na internet, a maconha é popular. A constatação é de um estudo da Comunica Que Muda (CQM), da agência nova/sb. A pesquisa analisou cerca de 550 mil publicações nas redes sociais e comentários em sites, entre os dias 12 de março e 8 de abril.

Do total de menções, 72% eram favoráveis ao uso, 14% contra e 14% neutros. Apesar disso, apenas 28% dos que falam de maconha nas redes assumem que usam a planta de forma recreativa. Na divisão por gênero, as mulheres são as que mais falam do assunto, com 56% das menções.

“Apesar da grande discussão nas redes, a cannabis ainda é tratada de forma superficial. Existe pouca discussão sobre guerra às drogas, descriminalização e uso medicinal”, afirma a iniciativa por meio de comunicado à imprensa. Apenas 4,5% das menções falam da batalha contra entorpecentes. Desses, 65% são contrários à forma como se combate às drogas, 29% são a favor e 6% neutros.

Com relação à legalização, 81,9% são a favor, 14% contrários e 4,1% neutros. Entretanto, a opinião das redes e a sociedade são significantemente divergentes. Segundo estudo do DataFolha, realizado em novembro do ano passado, 66% dos brasileiros adultos declaram que fumar maconha deveria continuar sendo proibido por Lei. Para 32%, fumar maconha deveria deixar de ser crime, 1% não se posicionou e 2% não opinaram.

“São monitoramentos diferentes. A pesquisa Datafolha é feita por telefone ou pessoalmente, com uma amostra selecionada. O monitoramento do CQM é realizado em menções espontâneas nas redes sociais, usada em sua grande maioria por jovens”, explica Bia Pereira, diretora da nova/sb e coordenadora do CQM. ” Além disso, a internet dá sensação de ‘anonimato’, o que deixa as pessoas mais à vontade para fazerem seus comentários”, finaliza.

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