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As boas práticas para uma live, segundo as redes sociais

Para Facebook, Twitter e YouTube, transmissões ao vivo precisam ter finalidade, ser minimamente roteirizadas e manter interação com o público espectador


14 de abril de 2020 - 7h39

Nas últimas semanas, o termo “live” foi de um evento com uma frequência até espaçada na timeline para um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Isso porque, todos os dias, há alguma transmissão ao vivo acontecendo. Shows de CeeLo Green, Grupo Revelação, César Menotti e Fabiano, Fresno e The Killers, por exemplo, estão programados para esta semana. E o formato têm se mostrado rentável: algumas transmissões de artistas, como a de Jorge & Mateus, contam com patrocínio e ativações de marcas. No caso da dupla sertaneja, estiveram presentes Brahma, Rappi e Magazine Luiza.

 

Live de Marília Mendonça bateu o recorde de transmissão ao vivo mais acessada na web, com 3,2 milhões de visualizações na quarta-feira, 8 (Crédito: Reprodução/YouTube)

A tendência ascendente do formato de vídeo em transmissão ao vivo é mais um dos reflexos do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, assim como o crescimento do e-commerce e serviços de delivery. Na impossibilidade de realizar eventos físicos, que geram aglomeração, empresas e figuras públicas têm procurado aumentar sua presença online para manter a relação com os consumidores.

Notamos um aumento no interesse do usuário pelo termo ‘live’ nas pesquisas no YouTube. Utilizando a ferramenta pública Google Trends é possível ter uma ideia desse crescimento. Também percebemos que muitos criadores e artistas têm nos procurado para saber como podem fazer lives, e também como participar da campanha #FiqueEmCasaComigo, uma iniciativa do YouTube para estimular que as pessoas que podem fiquem em casa neste momento”, confirma Patricia Muratori, diretora do YouTube Brasil.

Na ferramenta de tendências do Google, no Brasil, o termo saltou de uma média de cinco buscas por dia nas duas primeiras semanas de março para um pico de cem buscas na sexta-feira passada, 10. Algumas das transmissões ao vivo (dos canais Jorge & Mateus, Gusttavo Lima, WebTVBrasileira e Nostalgia) foram para a aba “Em Alta” do YouTube Brasil.

Na percepção do Facebook, o aumento significativo no uso dos recursos de live das plataformas vai além do entretenimento. “Temos visto um aumento no uso do Facebook Live nas últimas semanas com pessoas ao redor do mundo usando a ferramenta para se conectar com amigos, familiares e comunidades neste período de isolamento social. Neste momento desafiador que estamos passando, as pessoas querem estar próximas e o formato ao vivo, social e interativo do live permite compartilhar momentos juntos e, em tempo real, mesmo estando distantes”, diz Mauro Bedaque, líder de parcerias de Entretenimento do Facebook para a América Latina. Desde que a ferramenta foi lançada, em 2016, o Facebook contabiliza 8,5 bilhões de transmissões ao vivo realizadas.

A interação em tempo real, com as conversas acontecendo simultaneamente à transmissão, faz toda a diferença quando pensamos em compartilhar momentos, mesmo que de forma virtual. É diferente de assistir a um show gravado, por exemplo, em que você não consegue sentir as mesmas emoções que o público sentiu quando o evento foi gravado. Por isso que as transmissões ao vivo, especialmente quando há espaço para uma conversa direta entre artista e fã, estão sendo muito utilizadas por figuras públicas”, avalia Joema Martins, gerente de parcerias do Twitter para a América Latina. Por lá, a empresa notou um aumento de engajamento no número de usuários e nas impressões nas contas dos artistas realizando transmissões ao vivo no próprio Twitter ou fora dele.

Com a vantagem de trazer proximidade, interatividade e permitir que o público seja parte do conteúdo, algumas marcas têm se mobilizado para oferecer algum conteúdo ao vivo para o público. Bedaque lista que as lives já são usadas para exibir bastidores de shows, coberturas de imprensa e momentos exclusivos de artistas e criadores de conteúdo com seus fãs. Durante a quarentena, os executivos da plataforma afirmam que a variedade de conteúdo publicado no formato aumentou. Hoje, o calendário inclui aulas de culinária com chefs reconhecidos, de yoga e de professores e criadores de conteúdo, bastidores de zoológicos, transmissões ligadas a espiritualidade, como as do papa e do padre Marcelo Rossi, e as destinadas a informar sobre a doença, como têm feito a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde do Brasil e veículos de comunicação.

Para o Facebook, as boas práticas de uso incluem escolher a audiência e selecionar quem pode acessar o conteúdo (amigos, familiares, um grupo específico ou o público geral); pensar no tempo de transmissão e de que forma gravar (verticalmente, horizontalmente, com zoom ou não); criar uma identidade visual do vídeo para ajudar o público a associar o conteúdo à página ou pessoa que está transmitindo; planejar conteúdos que gerem conversas e interações; participar respondendo os usuários que estão interagindo; e usar efeitos visuais, como filtros, para deixar a criatividade e originalidade fluírem. O Facebook oferece métricas relacionadas ao número de usuários presentes na transmissão, número de reações, comentários e compartilhamentos. Para páginas, ainda é possível acessar detalhes de performance.

No YouTube, o recomendado para uma transmissão ao vivo de sucesso é saber qual é o objetivo da transmissão e se o interlocutor irá interagir com os usuários; estruturar um roteiro para emitir as mensagens principais ou calls-to-action; convidar outro apresentador para manter a animação do conteúdo; ter um moderador dos comentários; e promover a live nas redes sociais e no próprio canal onde ela será transmitida com banners, descrições, teasers e demais peças.

O Twitter acredita que incentivar essas conversas seja a principal função desse formato. Outras dicas de boas práticas: comunicar o horário da transmissão com antecedência, estimular o público com temas ou músicas a serem abordados durante o evento, convidar amigos influentes a participarem, interagir com a audiência.

Em todas as redes marcas podem estar presentes no conteúdo de terceiros. O Facebook permite que criadores usem uma tag de conteúdo patrocinado e permite a inclusão de logos, marcas d’água e elementos gráficos no vídeo. No YouTube, o dono do canal pode ativar a monetização para transmissões ao vivo com anúncios que precedem ou acontecem durante a transmissão e anúncios gráficos e de sobreposição exibidos ao lado ou sobre o conteúdo. O canal também pode habilitar a função Super Chat, em que o usuário assistindo à live pode comprar mensagens de chat que se destacam e, em alguns casos, fixá-las no topo do feed de chat. Ativações de marcas são negociadas com os criadores de conteúdo. No Twitter, as ativações de marcas também ocorre em negociação entre as duas partes.

Para Martins, o aumento significativo da quantidade de transmissões ao vivo em redes sociais pode modificar hábitos de consumo do público em redes sociais e estratégias de marcas e, inclusive, festivais de música pós-Covid-19. “O que podemos observar por enquanto é que as pessoas estão percebendo as vantagens de se fazer transmissões nesse formato, como a possibilidade de iniciar e participar de conversas relacionadas ao tema, a proximidade com a audiência e a interação em tempo real. É possível, por exemplo, que grandes eventos e festivais internacionais passem a considerar ainda mais a realização de transmissões ao vivo em plataformas digitais para o público que está em outros lugares em regiões, que marcas considerem novas maneiras de lançar campanhas para um público mais amplo, que artistas e influenciadores façam mais uso do formato para se manterem próximos ao público… são muitas as possibilidades”, declara.

**Crédito da imagem no topo: Sticker Muler/Unsplash

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