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Airbnb adota medida antidiscriminação

Após receber acusações de que seus anfitriões estariam barrando hóspedes por gênero e origem, plataforma lança código de condutas para evitar processos


9 de setembro de 2016 - 13h29

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A sede do Airbnb, localizado em São Francisco, Estados Unidos, possui quase sete mil metros quadrados.

O Airbnb começou a adotar ações para acabar com qualquer tipo de discriminação baseado em origem, gênero, idade e outros fatores na hora de aceitar inquilinos. A medida foi tomada após um estudo da Harvard University que mostra os casos de discriminação e indicou que caberia um processo para a empresa.Na última quinta-feira, 8, o Airbnb tomou a sua maior decisão para combater a discriminação, avisando aos seus anfitriões que era necessário concordar com um “comprometimento com a comunidade”, que terá validade a partir do primeiro dia de novembro, e que eles terão que concordar com uma nova política contra discriminações. A empresa também anunciou que tentará diminuir o uso de fotografias, que indicam raça e gênero, e que isso ajudaria a acelerar o uso das reservas instantâneas, que não necessitam da aprovação do anfitrião.

De acordo com o New York Times, a empresa se movimentou rápido para amenizar as acusações contratando conselheiros como o ex-Procurador-Geral dos Estados Unidos Eric H. Holder Jr., para ajudar a formular políticas contra o preconceito. Em julho, Jonathan Mildenhall, CMO do Airbnb, questionado por Meio & Mensagem pelo fato de pessoas negras terem dificuldade de se hospedar utilizando a plataforma, afirmou que um de seus objetivos era levar a questão da diversidade para a comunicação da plataforma. “É preciso que isso seja percebido na China, no Brasil, nos Estados Unidos. Os anfitriões que você vê na comunicação da Airbnb são verdadeiros.”

A reputação da empresa, que atualmente alcança 191 países e vale uma estimativa de US$ 25 bilhões, foi manchada com o estudo realizada pela Harvard Univeristy. No documento, a universidade apontava que era mais difícil para inquilinos com nomes que soam como afro descentes de conseguir um aluguel no site. Após isso, inúmeros usuários da plataforma relataram histórias sobre a dificuldade de conseguir um aluguel por causa da sua raça. Em maio, um usuário negro do Airbnb entrou com uma ação contra a companhia, afirmando que ele tinha sido negado em uma hospedagem por causa da sua raça.

 

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