As marcas da primeira infância no Brasil

Meio & Mensagem
19 de abril de 2013 - 8h31

Os resultados de duas das principais fabricantes de brinquedos do País, a brasileira Estrela e a multinacional americana Mattel, podem indicar mudanças nos hábitos de consumo do segmento e especialmente na maneira de brincar das crianças brasileiras. As brincadeiras tradicionais parecem estar cada vez mais restritas às crianças menores, até quatro anos. Já as maiores podem estar cada vez mais deslumbradas pelas possibilidades de diversão que se apresentam atrás das telas, com games, aplicativos, entre outras funcionalidades lançadas pelos tablets, smartphones, entre outros dispositivos móveis.

De acordo com dados da Brinquedos Estrela publicados na edição desta sexta-feira 19 pelo jornal Folha de S. Paulo, a comercialização de produtos para crianças de até quatro anos de idade avançaram 30% de 2011 para 2012 e hoje representam 7% da receita da companhia. O carro-chefe de vendas ainda continua sendo guiado pelas bonecas e pelos jogos, cada um com uma participação de 30%.

Ainda assim, a categoria de itens voltados para a primeira infância cresce de forma acelerada, de acordo com informações da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). A Mattel também reflete este cenário. Uma das maiores fabricantes de brinquedos do mundo viu a Fisher-Price, sua marca de brinquedos pré-escolares, crescer 20% nos últimos três anos, consolidando-se como um dos pilares de expansão da empresa mundialmente.

Criada em 1930 nos Estados Unidos, a marca Fischer-Price entrou para o mundo dos licenciamentos em 2012 no Brasil e, neste ano, deve continuar orientando o crescimento da Mattel. Somente em 2012, a linha voltada para a primeira infância somou uma expansão estimada em 11%, proveniente das vendas de seus brinquedos em mais de 25 mil pontos-de-venda em todo o País. A Mattel mantém ainda projetos de responsabilidade social com o objetivo de transformar o brinquedo no veículo para fortalecer laços afetivos, vínculos emocionais, desenvolver competências e a imaginação da criança, além de estimular os educadores a identificar novas formas de brincar.